Dados do Trabalho

Título

DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM UM PACIENTE COM DENGUE: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

Compartilhar informações sobre a leishmaniose visceral (LV), como diagnóstico diferencial, diante de pacientes com quadro de dengue, afim de facilitar a identificação da doença e proporcionar rápido tratamento, reduzindo morbimortalidade.

Objetivos

Descrever a importância do raciocínio clínico, para o correto diagnóstico etiológico mesmo diante de outra doenca em investigacao.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso sobre o diagnóstico de coinfecção de LV em um paciente com diagnóstico sorológico de dengue, no setor de enfermaria de clínica médica da residência medica.

Resultados

E.L.M, 65 anos, masculino, branco, casado, brasileiro, tratamento prévio de neoplasia de colón em 2020 (ressecção, quimioterapia e radioterapia), admitido em março de 2023, com queixa de febre, astenia, cefaleia, mialgia, com exame externo sorológico IgM reagente para dengue há nove dias. Evoluiu com piora do quadro e internação hospitalar. Ao exame físico geral, descorado 2+/4+, desidratado 1+/4+ e febril (38º C), sem demais achados significativos. Aos exames laboratoriais de admissão: hemoglobina 7,4, hematócrito 22,2, leucócitos 2200, segmentados 1239, plaquetas 55.000, sódio sérico 130, potássio 4,2, ureia 37, creatinina 1,54, aspartato aminotransferase 37, alanina aminotransferase 19, bilirrubinas totais 1,31, bilirrubina indireta 0,8, bilirrubina direta: 0,51, inr 1,0, Proteína C reativa: 374. foram solicitados exames para diagnósticos diferenciais devido febre persistente, com teste rápido LV reagente no segundo dia da internação. Foi iniciado tratamento com Anfotericina B Desoxicolato por seis dias, solicitado Anfotericina B Lipossomal, e mantida por mais sete dias. Paciente apresentou melhora do estado geral, manteve-se afebril, evoluiu com melhora gradativa, clinicamente e laboratorialmente. Recebeu alta com exames laboratoriais em melhora. Foi encaminhado para seguimento ambulatorial com infectologia.

Conclusões/Considerações Finais

Realizado diagnóstico diferencial de LV devido sintomas prolongados, que inspirou necessidade de nova abordagem diagnostica diferencial para o quadro. Diante do fato da dengue ser uma doença de tamanha importância epidemiológica na saúde pública do Brasil, gerando diversas internações, deve-se atentar para diagnósticos diferencias durante atendimentos desse perfil de pacientes, muitas vezes subdiagnosticados, como no caso da leishmaniose visceral.

Palavras Chave

leishmaniose visceral, diagnostico diferencial, dengue

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Área

Clínica Médica