Dados do Trabalho


Título

PURPURA TROMBOCITOPENICA IMUNE, DO MANEJO CLINICO AO CIRURGICO: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI) é uma desordem hematológica de origem autoimune e causa desconhecida, determinada pelo menor número de plaquetas circulantes, tendo como apresentação típica sangramentos, como petéquias, equimoses, hematomas, epistaxe, sangramento das mucosas e em casos mais raros manifestações hemorrágicas intracranianas. A plaquetopenia pode ser definida com contagem abaixo de 150.000/mm3, sendo classificada como grave e com risco aumentado de sangramento quando abaixo de 10.000/mm3, com incidência estimada de cinco casos a cada 100.000 crianças por ano.

Objetivos

Relatar um quadro de plaquetopenia severa, com terapia medicamentosa falha, e em remissão após procedimento de esplenectomia total.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

O estudo aborda a evolução de uma paciente do sexo feminino, 16 anos, inicialmente apresentando lesões de pele (petéquias) e queixa de cefaléia leve há 1 semana, associado com infecção das vias aéreas superiores há 2 semanas. Se tratava de uma recidiva após diagnóstico de PTI aos 2 anos de idade, quando fez uso de corticosteróide com boa resposta e em remissão desde então. O estudo descreve o caso a partir da primeira internação destacando o quadro de plaquetopenia grave (1 mil plaquetas por mm3), que se manteve instável por mais de dois meses até alta hospitalar. Os exames de controle aconteciam periodicamente e as linhas terapêuticas gradativamente adotadas foram: corticosteróides, imunoglobulina, rituximab, embolização esplênica e esplenectomia total. Ainda, em meio a resposta não sustentada durante a internação, foram descritas as complicações apresentadas pela paciente, como: derrame pleural, líquido livre intraperitoneal, íleo paralítico, pancreatite com fístula pancreática, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e quadro clínico de sepse. Com isso, todas as intercorrências foram manejadas e a paciente se manteve estável após reversão da plaquetopenia.

Conclusões/Considerações Finais

O estudo propõe uma revisão do quadro clínico clássico da PTI, destacando o diagnóstico e as opções de tratamento. A paciente, após ser submetida sequencialmente a medidas não resolutivas, obteve sucesso na recomposição dos níveis séricos de plaquetas e melhora do quadro clínico geral, a partir da abordagem cirúrgica de esplenectomia total, com exame realizado 22 meses após a esplenectomia evidenciando contagem de 361.000 plaquetas por mm3, segue em remissão e realizando acompanhamento ambulatorial anual até a presente data.

Palavras Chave

"Púrpura Trombocitopênica Imune”, "Corticosteróides", “Imunoglobulina”, “Esplenectomia”;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

RAFAELA ROSSI, VINICIUS ISMAEL TRAVESSINI LEME, MILLENA LEME, HUGO MARTINS DE OLIVEIRA