Dados do Trabalho


Título

Análise do Perfil Epidemiológico da Aterosclerose no Estado do Rio Grande do Sul (RS) Comparado à Região Sul

Fundamentação teórica/Introdução

A aterosclerose (AT) é a principal causa de infarto do miocárdio e AVC, que são as principais causas de morte no mundo, baseado nisso, estudos apontaram que, no Brasil, a AT foi responsável por 23% das mortes no país, sendo 32,7% no RS. Assim, considerando a gravidade da AT e sua alta prevalência, esforços são necessários para reduzi-la, incluindo atualizações epidemiológicas visando adoções de medidas precisas em saúde.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico da aterosclerose no RS em comparação ao da Região Sul.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional, descritivo e quantitativo realizado entre janeiro de 2008 a junho de 2023. Os dados foram extraídos do DATASUS por meio do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) e analisados mediante estatística descritiva. As variáveis foram número de internações por AT, taxa de mortalidade (TM), dados sociodemográficos e valor médio por internação.

Resultados

A Região Sul apresentou 65.178 hospitalizações por AT, sendo 33,9% no RS. O valor médio foi de R$ 2.914,34 para a Região e R$ 3.079,53 no estado. A faixa etária mais atingida para ambos foi a de 60 a 69 anos, com 20.547 casos na Região e 7.279 no RS. O sexo masculino foi o mais acometido no Sul (59%) e no RS (60,6%); já a TM nos dois casos foi maior no sexo feminino (Sul: 3,06; RS: 2,96). Quanto à etnia, brancos compuseram a maioria dos internados com 82,7% na Região e 85% no RS. Porém, a maior TM foi na população amarela (Sul: 4,9; RS: 5,1), seguida de pretos (2,86), pardos (2,44) e brancos (2,62) no Sul. No RS, a raça preta teve 3,35, a parda 3,01 e os brancos 2,35. Contudo, a TM média no Sul foi de 2,65, enquanto no RS foi de 2,51, a menor dentre os estados da região.

Conclusões/Considerações Finais

Verificou-se que os idosos e os homens foram os principais internados por causas associadas à AT, corroborando com a literatura que afirma que os fatores de risco cardiovasculares não modificáveis são idade avançada, sexo masculino e hereditariedade. A maior TM do sexo feminino encontrada no Sul, também acontece em estudo para a Região Sudeste. Percebeu-se também, uma TM maior na população amarela, sugerindo déficits na prevenção e no tratamento das doenças cardiovasculares para esse público. Diante disso, nota-se a importância de investir em educação para combater os fatores de risco, bem como reconhecer e diagnosticar precocemente os episódios isquêmicos, visando a redução das internações, da TM e dos gastos hospitalares.

Palavras Chave

Aterosclerose; Hospitalização; Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

NATALIA DEMARCO KIELEK, DÉBORA ALVES PEREIRA, BÁRBARA CRISTINA GABRIELLE, YASMIN BENETTI MARTELLO