Dados do Trabalho

Título

ANALISE TEMPORAL DA MORTALIDADE POR ENDOCARDITE INFECCIOSA NO BRASIL NA ULTIMA DECADA

Fundamentação teórica/Introdução

Quando há infecção do endocárdio e/ou válvulas cardíacas por germes, são elevados os índices de disfunção cardiovascular e morbimortalidade. Essa condição é denominada endocardite infecciosa (EI). Diante disso, faz-se necessário análises detalhadas da morbimortalidade da EI no Brasil, dados essenciais que podem corroborar para o melhor entendimento, rastreio e manejo dos pacientes.

Objetivos

Realizar análise temporal da taxa de mortalidade por EI entre 2011-2021.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico retrospectivo observacional com coleta de dados no Sistema de Mortalidade do DATASUS e estimativa populacional do IBGE. A população estudada foram todos os óbitos de EI (CID-10 I33) no Brasil entre 2011-2021. Avaliou-se: faixa etária, sexo, taxa de mortalidade, estado civil e escolaridade. Por ser fonte de dados de acesso público, o estudo não necessitou de aprovação pelo comitê de ética em pesquisa e humanos.

Resultados

Observou-se um total de 9.704 óbitos por EI, com média de 882,18 óbitos por ano e taxa de mortalidade de 0,43 óbitos/100.000 habitantes. Os óbitos ocorreram em especial na região sudeste (53,71%), sul (19,15%) e nordeste (17,99%). Durante o período de 2011 e 2021, houve aumento da taxa de mortalidade de 14,63%, conforme tabela1. A maioria dos óbitos ocorrem na faixa etária entre 60-69 anos (22,98%), sexo masculino (61,78%) e raça branca (60,87%). Quanto a escolaridade, houve um predomínio de ensino fundamental incompleto (20,82%) e estado civil casado (40,48%).

Conclusões/Considerações Finais

A EI acomete no Brasil principalmente homens, idosos e brancos, semelhante ao padrão descrito na literatura. Contudo, apesar dos avanços no diagnóstico e manejo de pacientes com EI, a mortalidade intra-hospitalar encontra-se em ascensão, evidenciando a necessidade de recursos e equipes qualificadas para o correto manejo.

Palavras Chave

Endocardite infecciosa; mortalidade; DATASUS.

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Área

Clínica Médica