Dados do Trabalho


Título

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO ESTADO DE MATO GROSSO: UM OLHAR EPIDEMIOLOGICO NO PERIODO DE 2012-2022.

Fundamentação teórica/Introdução

A leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa de caráter crônico causado pelo protozoário do gênero leishmania sendo transmitida ao homem pela picada de flebotomíneos. É considerada uma doença endêmica na região Centro-Oeste, principalmente no estado de Mato Grosso, embora seja, muitas vezes, negligenciada o que a torna um sério problema de saúde pública. Tem como característica o acometimento da pele e mucosas gerando lesões de diferentes formas e gravidades e o seu curso depende de fatores imunológicos, ambientais e sociais.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico de leishmaniose tegumentar no estado de Mato Grosso no período entre 2012-2022.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa a partir de dados secundários coletados no Sistema de Informação da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (DwWeb-MT) no período que compreende 2012-2022. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, raça, escolaridade, forma clínica, número de óbitos, exames diagnósticos tabuladas através do software Microsoft Excel 2016 em frequência absoluta (n).

Resultados

Na década analisada foram observados 7507 casos de leishmaniose tegumentar no estado de Mato Grosso, dos quais 6098 foram no sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi entre 30-34 anos, seguido da de 25-29 anos. Dentre as raças, a parda ganha destaque com 4045 casos. A forma cutânea é a mais prevalente principalmente nos homens. O número de casos decai quanto maior for a escolaridade. Cerca de 6135 obtiveram a cura. O ano com mais óbito foi 2014. Para o diagnóstico somente em 1035 amostras a reação de Montenegro foi positiva e não foi realizada em 6086 pacientes. Ademais, em 1277 amostras foi achado a parasita no exame histopatológico e em 5455 o exame não foi realizado. A primeira droga oferecida para o tratamento é antimonial pentavalente presente em 6871 casos, no entanto 212 pessoas abandonaram o tratamento.

Conclusões/Considerações Finais

Leishmaniose é mais prevalente em homens, na faixa etária de 30-34 anos e de raça parda. O diagnóstico acaba sendo comprometido e tratamento postergado pela falha em realizar os exames que auxiliariam no processo de descoberta da doença logo no início. Tal fato evidencia que leishmaniose continua sendo uma doença muito prevalente, porém negligenciada e que deveria ser melhor assistida para que houvesse um diagnóstico mais certeiro, tratamento mais eficaz e sem taxa de abandono.

Palavras Chave

Leishmaniose tegumentar, epidemiologia, Mato Grosso

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - Mato Grosso - Brasil

Autores

GABRIELY DE URZEDO BRASSOLATTI, VICTOR TADEU CAVALCANTI