Dados do Trabalho


Título

PERSISTENCIA DO CANAL ARTERIAL EM ADULTO E ADOÇAO DE TERAPIA ENDOVASCULAR: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A persistência do canal arterial (PCA) é a terceira cardiopatia congênita mais frequente na neonatologia, contudo é um achado raro em adultos. A anomalia pode apresentar complicações graves, se detectada tardiamente, como hipertensão arterial pulmonar (HAP), calcificação, insuficiência cardíaca e até mesmo óbito.

Objetivos

Descrever caso de persistência do canal arterial em adulto previamente assintomático.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso clínico, com uma sucinta revisão bibliográfica.

Resultados

Paciente, sexo masculino, 45 anos, hipertenso, previamente assintomático e sem queixas. Deu entrada em pronto atendimento com queixas gástricas. Ao exame físico, foi identificado sopro holossistólico 4+/6, mais audível em foco pulmonar, sem outros achados. Em consulta ambulatorial com cardiologista, posteriormente, foi solicitado ecocardiograma com Doppler e um EcoDoppler transesofágico, que evidenciaram persistência de canal arterial, comunicando aorta descendente e artéria pulmonar e com repercussão hemodinâmica. Outros achados foram: dilatação importante de câmaras esquerdas, fração de ejeção (FEVE) normal e HAP. Bem como, através de uma aortografia torácica e cateterismo cardíaco direto, foi comprovado a PCA. Como conduta terapêutica, foi adotado correção cirúrgica via toracotomia à esquerda, porém, devido a uma calcificação intensa do canal, houve um insucesso cirúrgico. Paciente recebeu alta, com a proposta de retorno para novo procedimento e prescrição de sildenafila e furosemida. Após um ano, paciente refere dispneia (NYHA II) e tosse secretiva. Em ecocardiograma do período, foi identificado FEVE reduzida e manutenção da HAP. Foi submetido a correção via implante de endoprótese em aorta torácica, por via femoral comum direita, com técnica pre-close e liberação da endoprótese junto a artéria subclávia esquerda. Paciente apresentou boa evolução clínica após procedimento. Posteriormente, em novos exames, observou-se FEVE preservada e ausência de HAP.

Conclusões/Considerações Finais

A patência pós-natal funcional do canal arterial pode trazer complicações para o paciente, dessa forma, conclui-se que o diagnóstico precoce e o tratamento são inerentes para aumentar as chances de sucesso e diminuir os efeitos deletérios da instabilidade hemodinâmica.

Palavras Chave

Canal Arterial Persistente; Endoprótese; Adulto; Cardiopatias Congênitas.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL GERAL - Mato Grosso - Brasil, UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - Mato Grosso - Brasil

Autores

ISABELA MARIA ARANTES, MARIA HELOÍSA DE OLIVEIRA PERALTA, RAFAELA BATTISTUZ