Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS OBITOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO EM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE DO VALE DO ITAJAI NO PERIODO DE JULHO DE 2020 A JULHO DE 2022

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia. É a segunda maior causa de morte mundial, e, no Brasil, é responsável por 10% do total de óbitos.

Objetivos

OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por AVE em hospital de alta complexidade do Vale do Itajaí, no período de julho de 2020 a julho de 2022.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Estudo retrospectivo, quantitativo, com coleta de dados em prontuários eletrônicos e organização das variáveis em banco de dados, com tabulação no software Microsoft Excel 2007. Efetuada análise descritiva dos dados, expressos na forma de frequências, média e desvio padrão, utilizando o pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences versão 23,0 (SPSS 23). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Brusque (61838022.5.0000.5636).

Resultados

RESULTADOS: Dos 483 pacientes participantes do estudo, 50,9% eram do sexo masculino, enquanto 49,1% eram do sexo feminino. A média de idade encontrada foi de 66 anos, sendo a menor idade de 20 anos e a maior de 99 anos, com desvio-padrão de 15,6 anos. No que diz respeito ao diagnóstico, 284 pacientes tiveram diagnóstico de AVE isquêmico, 27 pacientes (5,6%) de AVE hemorrágico, enquanto em 40 (8,3%) foi determinado acidente isquêmico transitório (AIT). 132 pacientes apresentavam sintomas neurológicos semelhantes, porém receberam outros diagnósticos diferenciais. O número total de óbitos foi de 59 (12,2%). Destes, 29 eram mulheres e 30 eram homens. A média de idade dos pacientes que vieram a óbito foi de 72 anos. Mais da metade dos óbitos (50,8%) foram decorrentes de AVE isquêmico. 62,7% dos pacientes que foram a óbito chegaram em um Delta T maior que 4 horas e meia, inviabilizando o uso do trombolítico. A média de dias de internação dos pacientes com desfecho desfavorável foi de 10 dias.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÃO: A maior proporção dos óbitos por AVE foi discretamente representada pelo sexo masculino, com média de idade de 72 anos. A maioria dos pacientes com desfecho desfavorável não foi submetida ao uso do trombolítico, pela demora para procura de atendimento. Reforça-se, portanto, a importância das políticas de promoção de saúde, com o intuito de impactar na redução da mortalidade por AVE.

Palavras Chave

DESCRITORES: Epidemiologia. Acidente vascular cerebral. Fármaco trombolítico.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL AZAMBUJA - Santa Catarina - Brasil, UNIFEBE - Santa Catarina - Brasil

Autores

LUCCAS VIEIRA DE MAGALHAES, EDUARDA PAITL AGOSTINHO, VINICIUS BECK DA SILVEIRA, OSVALDO QUIRINO DE SOUZA, LUIZ COQUEMALA