Dados do Trabalho

Título

DELAFLOXACINO COMO NOVO ARSENAL TERAPEUTICO PARA O TRATAMENTO DE INFECÇAO DE PELE E PARTES MOLES: EXPERIENCIA DE USO EM UM CENTRO

Fundamentação teórica/Introdução

O delafloxacino (DFX) é uma fluorquinolona de nova geração, com cobertura antimicrobiana de amplo espectro, que foi recentemente aprovada para uso no Brasil. Tal droga é indicada para o tratamento de infecções de pele e partes moles (IPPM), com bom perfil de eficácia e segurança e posologia confortável.

Objetivos

Descrever a experiência de um centro com o uso de DFX para o tratamento de IPPM

Delineamento e Métodos

Trata-se de uma coorte retrospectiva onde avaliamos pacientes adultos (≥18 anos) internados no Hospital Alemão Oswaldo Cruz para tratamento de IPPM nos anos de 2022 e 2023. Foram coletadas informações sobre idade, raça, comorbidades, exames laboratoriais à admissão e após 72h do início do antibiótico. O DFX foi utilizado na dose de 300mg de 12/12h, conforme posologia recomendada. Foram analisados parâmetros clínicos e laboratoriais de eficácia e segurança em nossa casuística. Análises estatisticamente significantes para p<0,05.

Resultados

Trata-se de uma coorte de 18 pacientes com distribuição igual por gênero, média de idade de 71 ± 3 anos. Em relação ao perfil de comorbidades, 33% dos pacientes eram hipertensos, 38,9% diabéticos, 27,8% dislipidêmicos, 27,8% com doença renal crônica não-dialítica e 22,2% com doença arterial periférica. À admissão, média de leucócitos de 11.914 ± 1700/mm3, PCR: 8,12 ± 2,18mg/dL O tempo médio de uso da droga foi de 11 ± 2 dias e nenhum dos pacientes relatou efeitos colaterais associados ao uso da droga. Quando comparamos as médias dos valores dos leucócitos e PCR à admissão e após 72h de uso do antibiótico, observamos reduções estatisticamente significantes para ambos (leucócitos: 11.580 vs 8.948/mm3, p=0,042 e PCR: 8,22 vs 4,58mg/dL, p=0,016). Em 2 casos (11%) optou-se pela mudança do antibiótico por detecção posterior de osteomielite (únicos pacientes que não atingiram melhora clínica) e em 1 caso perdemos seguimento do paciente após alta com Home Care.

Conclusões/Considerações Finais

Em nossa casuística de pacientes com IPPM, a DFX se mostrou eficaz tanto pela análise clínica quanto pelas evidências laboratoriais, sem descrição de efeitos colaterais pelos pacientes. Pelo seu espectro de ação, a DFX é uma potente arma para o tratamento antimicrobiano.

Palavras Chave

Delafloxacino, Infecção, pele, partes, moles.

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Área

Clínica Médica