Dados do Trabalho


Título

HEPATITES B E C: COMPARATIVO DA EVOLUÇAO CLINICA DE 5 ANOS NO BRASIL.

Fundamentação teórica/Introdução

As hepatites virais são infecções que causam patogenicidade do tecido hepático humano e um possível comprometimento sistêmico. Os agentes etiológicos mais comuns são causados pelos vírus da hepatite A, B, C, D e E, com destaque para os vírus B e C (VHB e VHC), uma vez que apresentam a maioria dos casos notificados no Brasil. O VHB é um vírus de DNA que tem sua transmissibilidade ocorrendo por vias horizontais e verticais, principalmente por vias parenteral e sexual. Seu quadro clínico, na fase inicial, costuma ser inespecífico, o que pode dificultar o seu diagnostico. Sua taxa de cronificação é baixa, também com sintomas inespecíficos. O VHC é um vírus de RNA, com altas taxas de mutações, o que dificulta a produção de uma vacina. Sua transmissão se dá, majoritariamente pelo sangue e seus derivados, e, diferente do VHB, pouco é transmitido de forma sexual ou vertical. Apresenta altos índices de cronificação (aproximadamente 80%), o tornando o principal causador da cirrose hepática.

Objetivos

Comparar a evolução clínica das hepatites B e C durante cinco anos no Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, transversal e retrospectivo, com base nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em que foram analisadas as formas clínicas das hepatites B e C durante o período de 2016 a 2020. Os descritores utilizados para a pesquisa foram: Hepatite aguda, Hepatite
crônica e Hepatite fulminante.

Resultados

Apesar da redução do número total de casos confirmados de hepatites virais pelo vírus B e C no período de 2016 a 2020, ainda é possível observar uma alta prevalência desta infecção nas apresentações clínicas analisadas. Do total de casos de hepatite C, a maioria dos casos é composta por pacientes com a apresentação clínica crônica (82,6%), aguda (4,3%), seguida da fulminante (0,2%). Os índices são semelhantes para hepatite B, com prevalência da forma crônica (81,9%) e das formas aguda (11,9%) e fulminante (0,13%). Destaca-se uma queda mais acentuada (64%) da hepatite C nos anos analisados em relação ao vírus B, apresentando uma menor queda (59,8%).

Conclusões/Considerações Finais

Os achados desses estudo sugerem tendência de redução da incidência de casos de Hepatite Virais tipo B e C, com a maior prevalência da forma clínica crônica em relação as formas agudas e fulminante, dentre os casos registrados nos bancos de dados.

Palavras Chave

Hepatites virais. HVB. HVC. Evolução clínica.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA - Pará - Brasil

Autores

GABRIEL SILVA OLIVEIRA, BRUNA MARIA LIMA DE SOUZA, ANA KESSIA ASEVEDO AGUIAR, DOUGLAS AUGUSTO MELO DOS SANTOS