Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA NAO TRATADA E MORTALIDADE POR DOENÇA RENAL CRONICA NA AMERICA: UM ESTUDO ECOLOGICO.

Fundamentação teórica/Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), principalmente se não tratada, é uma das principais causas de doença renal crônica (DRC) e a associação dessas duas situações clínicas aumenta consideravelmente, no mundo e na América, a mortalidade por progressão da lesão renal para DRC terminal e pelo risco cardiovascular.

Objetivos

Relacionar a prevalência de HAS não tratada e carga de mortalidade por DRC nos países da América no ano de 2019.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico analítico de distribuição geográfica com dados secundários da Plataforma de Informação em Saúde para as Américas (PLISA), da Organização Pan-Americana da Saúde, do ano de 2019, com indicadores de prevalência (P) de HAS não tratada e de mortalidade por DRC (incluídos ambos os sexos, na faixa etária de 30 a 79 anos, padronizados por 100.000 habitantes). Esses dados foram tabulados no Microsoft Excel e as variáveis foram ​​analisadas estatisticamente no software GraphPad Prism versão 9.3, por meio do Teste de Correlação de Pearson, com nível de significância 5%.

Resultados

Em 2019, a maior prevalência de HAS não tratada foi no Haiti (P = 28,2%), em Guatemala (P = 20,4%) e no Paraguai (P = 17,2%) e, por outro lado, a menor prevalência foi no Canadá (P = 4,5%), no Brasil (P = 5,5%) e no Peru (6,5%). Em consequência disso, os países que tiveram as maiores taxas de mortalidade por DRC foram El Salvador (TM = 60,64), Nicarágua (TM = 47,55) e Bolívia (TM = 36,88). Cabe destacar países que tiveram alta prevalência de HAS não tratada e alta mortalidade por DRC, sendo eles, Guatemala (P = 20,4%; TM = 34,76), Suriname (P = 14,3%; TM = 34,23) e os que tiveram baixos índices, como o México (P = 7,7%; TM = 13,93), Estados Unidos (P = 10,9%; TM = 8,87). Além disso, analisando a região das Américas houve uma prevalência de 9,5% e uma taxa de mortalidade de 11,26. Ressalta-se que dos 36 países do continente, 2 foram excluídos por dados insuficientes e o coeficiente de correlação de Pearson foi de +0,57.

Conclusões/Considerações Finais

Assim, percebe-se que, em 2019, nos países da América houve alta prevalência de HAS não tratada que, consequentemente, pode estar relacionado à alta mortalidade por DRC. Ainda, o Brasil e o Canadá merecem destaques por incentivarem o tratamento de HAS, visto nas baixas prevalências de pacientes que não estão em tratamento. Por fim, visto que estatisticamente há uma relação positiva entre as variáveis estudadas, logo, necessita-se que se invista no tratamento de HAS e em programas de saúde para reduzir a mortalidade por DRC na América.

Palavras Chave

Hipertensão Arterial Sistêmica; Doença Renal Crônica; América; Estudo ecológico;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Amapá - Amapá - Brasil

Autores

LUIZ FELIPE FAÇANHA RAMOS, VINICIUS MACIEL VILHENA, KEYSE CESAR DA COSTA, ALESSANDRO DE SOUZA NUNES