Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS OBITOS DE MULHERES JOVENS POR INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NO BRASIL NOS ULTIMOS CINCO ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

Pacientes do sexo feminino podem apresentar sinais e sintomas atípicos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), levando a possíveis diagnósticos tardios ou equivocados. Com o aumento da incidência em mulheres jovens, é fundamental conhecer o perfil epidemiológico daquelas que tornam-se vítimas fatais desse agravo.

Objetivos

Descrever os aspectos epidemiológicos da mortalidade de mulheres jovens por IAM no Brasil.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, transversal e retrospectivo realizado com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes aos óbitos por IAM registrados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de 2018 a 2022. A população de interesse foi composta por mulheres com idade entre 15 e 49 anos, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). As variáveis analisadas foram: faixa etária, raça/cor e região de residência.

Resultados

No período estudado, foram registrados 4.110 óbitos de mulheres jovens decorrentes do IAM. Observou-se um aumento progressivo da mortalidade em todas as faixas etárias, com destaque para 49% (2.031) em mulheres de 45-49 anos e 26% (1.062) nas de 40-44 anos. Quanto à raça/cor, 35% (1.439) dos óbitos foram de mulheres pardas, enquanto as brancas representaram 32% (1.337). Cabe salientar que esta variável foi ignorada em 25% (1.062) dos registros, obstando o traçamento fidedigno do perfil a respeito de tal característica. Em relação à distribuição geográfica, a região Sudeste apresentou 45% (1.878) das mortes, seguido do Nordeste com 23% (969) do total.

Conclusões/Considerações Finais

A mortalidade foi maior em mulheres com idades entre 45 e 49 anos, pardas e moradoras do Sudeste brasileiro. O caráter progressivo da quantidade de óbitos revela falhas na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento da IAM na população feminina. A literatura aponta que a incapacidade de reconhecer as manifestações clínicas em tempo hábil faz com que essas mulheres busquem ajuda médica tardiamente e tenham um desfecho desfavorável. Logo, a fim de reverter o cenário atual, é crucial alertar a população sobre os fatores de risco, impulsionar a identificação de sinais e sintomas atípicos, além de incentivar pesquisas acerca deste problema de saúde pública.

Palavras Chave

Mortalidade; Infarto Agudo do Miocárdio; Mulheres

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVALI - Santa Catarina - Brasil

Autores

AMANDA EDUARDA NITCHAI, SARA MARIA SOARES MCGILL, JOÃO MATHEO CONDACK DE OLIVEIRA, SARAH OLIVEIRA BENINE