Dados do Trabalho


Título

Análise das notificações por Hanseníase no estado do Tocantins entre os anos de 2018 a 2022.

Fundamentação teórica/Introdução

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica provocada pela Mycobacterium leprae que afeta principalmente a pele e sistema nervoso periférico. É considerada uma doença tropical negligenciada (PLOEMACHER et al., 2020). Tal enfermidade tem associação a pobreza, baixa escolaridade, alimentação deficiente e desigualdade social (MATOS et al., 2018).

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico da Hanseníase no estado do Tocantins entre os anos de 2018 a 2022.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo. Realizou-se mediante dados fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares no Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde, DATASUS, coletados em julho de 2023. Os critérios de inclusão aplicados foram: pacientes notificados com hanseníase entre os anos de 2018 a 2022 no estado do Tocantins. As variáveis empregadas foram as seguintes: ano de notificação, faixa etária, sexo, classe operacional e forma clínica.

Resultados

A partir dos dados encontrados foram notificados 7.452 casos de hanseníase no Tocantins entre 2018 e 2022. O ano de maior notificação foi 2018, 2151 (28,86%), por outro lado 2022 possuiu menor número: 1.065 (14,29%). Quanto à faixa etária, em ordem decrescente foi, respectivamente, 40 a 59 anos com 2.960 (39,72%), 20 a 39 anos com 2.044 (27,43%), 60 anos e mais com 1.654 (22,20%) e 0 a 19 anos com 794 (10,65%). Com relação ao sexo, percebeu-se maior quantidade no masculino, 4.148 (55,66%), quando comparado ao feminino, 3.304 (44,34%). No que se refere ao tipo operacional, a forma multibacilar predominou com 6.727 (90,27%), em comparação ao paucibacilar, 723 (9,70%) e aos tipos ignorados ou em branco, 2 (0,03%). Ao se avaliar a forma clínica, notou-se que o valor de forma decrescente foi, respectivamente, dimorfa com 5.307 (71,22%), virchowiana com 759 (10,19%), indeterminada com 633 (8,49%), tuberculóide com 288 (3,89%), não classificada com 271 (3,64%) e ignorado ou em branco com 194 (2,60%).

Conclusões/Considerações Finais

Diante aos resultados dessa pesquisa, conclui-se que a hanseníase acomete principalmente pacientes de meia idade (40 a 59 anos) e do sexo masculino com predomínio do tipo operacional multibacilar (90,27%) e da forma clínicas dimorfa (71,22%). Os resultados encontrados estão associados aos altos índices de pobreza e condições sanitárias precárias no país que não só aumentam a frequência desta doença como atrasam o diagnóstico, contribuindo assim com a evolução para as formas mais graves da doença.

Palavras Chave

Hanseníase; Prevalência; Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

KETYLA ALBINO LINHARES, JULLYANA LOPES ALMEIDA, NAYANE BUENO DA SILVA, KAYNAN ALBINO LINHARES