Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES LOXOSCELICOS GRAVES EM IDOSOS NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 2018 E 2022: DADOS DO CENTRO DE INFORMAÇAO TOXICOLOGICA DO RIO GRANDE DO SUL (CIT-RS)

Fundamentação teórica/Introdução

Aranhas do gênero Loxosceles são responsáveis pela forma mais grave de araneísmo em nosso país - tal gênero pode induzir quadro dermonecrótico ou hemolítico - e idosos são potencialmente suscetíveis ao envenenamento em virtude das alterações fisiológicas e fragilidade inerentes ao envelhecimento.

Objetivos

Apresentar o perfil epidemiológico dos acidentes graves com aranhas do gênero Loxosceles em idosos no RS entre 2018-2022.

Delineamento e Métodos

O estudo, descritivo e retrospectivo, foi realizado com dados secundários oriundos do sistema de informação de centro de toxicologia no período de 2018 a 2022.

Resultados

Foram notificados 99 acidentes loxoscélicos graves no período de 2018 a 2022 - destes, 20 (20%) foram intoxicações que ocorreram em idosos. Os anos com maior incidência de envenenamentos graves em idosos foram 2022, com 9 casos, e 2019 e 2018, com 4 casos em cada ano; ademais, merece ênfase destacar que no período de pandemia de COVID-19 (2020-2021), houve uma taxa 84% menor, se comparada com os números de 2022. A prevalência foi maior em mulheres (60%) e as faixas etárias predominantes foram de 60-65 anos (45%), 66-70 anos (25%) e maior de 80 anos (15%). As mesorregiões do estado com maior número de casos foram o Nordeste Rio-Grandense (40%) e Noroeste Rio-Grandense (35%). A média de tempo para busca de assistência médica foi predominantemente após o tempo hábil preconizado para administração de soroterapia, ou seja, após 48h (45%), seguido de no primeiro dia após acidente (35%). Os meses do ano com maior frequência de acidentes foram novembro (45%), outubro e março (15%). Além da presença de lesão característica, sintomas iniciais apresentados no primeiro atendimento médico foram majoritariamente dor local (65%), prurido (37%), hiperemia local (30%) e edema local (25%).

Conclusões/Considerações Finais

É imperativo que se capacite profissionais da saúde objetivando prevenção e atendimento médico imediato para redução de complicações dermonecróticas ou hemolíticas do acidente em idosos.

Palavras Chave

Loxoscelismo; Idoso; Intoxicação

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT-RS) - Rio Grande do Sul - Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

LUISA MOSTARDEIRO TABAJARA FRANCHE, JEOVANA CERESA, PEDRO CERVO CALDERARO, BRUNA TELLES SCOLA, VIVIANE CRISTINA SEBBEN