Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS INTOXICAÇOES MEDICAMENTOSAS GRAVES E FATAIS EM IDOSOS NO ANO DE 2022 NO RIO GRANDE DO SUL: DADOS DO CENTRO DE INFORMAÇAO TOXICOLOGICA DO RIO GRANDE DO SUL (CIT-RS)

Fundamentação teórica/Introdução

O envelhecimento é um processo dinâmico e caracterizado por inúmeras transformações fisiológicas - tais alterações, associadas à elevação constante no consumo de medicamentos entre idosos, os coloca como população suscetível às intoxicações medicamentosas.

Objetivos

Expor o perfil epidemiológico das intoxicações medicamentosas graves e fatais em idosos no RS ocorridos em 2022.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo e retrospectivo realizado com dados secundários oriundos do sistema de informação de centro de toxicologia de janeiro a dezembro de 2022.

Resultados

Foram notificadas 172 intoxicações medicamentosas graves e 12 intoxicações medicamentosas fatais no ano de 2022 - destas, 16 intoxicações graves e 1 intoxicação fatal ocorreram em idosos. Acerca das intoxicações graves não-fatais em idosos, a prevalência foi maior em mulheres (56%) e a faixa etária predominante foi de 60-69 anos (68%), seguida de 70-79 anos (31%). A única vítima fatal foi um homem de 102 anos. As circunstâncias da exposição foram sobretudo tentativas de suicídio (70,5%) - as demais ocorrências (5% em cada circunstância) foram por abuso, uso indevido, acidente individual e erro de administração. As classes farmacológicas mais frequentes foram os benzodiazepínicos (22%), antipsicóticos e anticonvulsivantes (11%), assim como anti-hipertensivos e antidepressivos não-tricíclicos (8%). Somente em 17,6% dos casos a média para o primeiro atendimento médico foi de até 1h, tempo hábil para administração de medidas adsortivas - majoritariamente, o atendimento inicial foi feito entre 1-6h do evento; outrossim, 29% foram intoxicações crônicas e em 17,6% dos casos o tempo para cuidados é ignorado pela equipe assistente. Sintomas iniciais apresentados foram frequentemente rebaixamento do nível de consciência e sonolência (64%), hipotensão ou hipertensão arterial (35%) e sintomas do trato gastrointestinal (17,6%).

Conclusões/Considerações Finais

Em síntese, urge que sejam realizadas ações de prevenção ao suicídio, bem como condutas imediatas de não absorção do agente e otimização do manejo da intoxicação para melhores desfechos na população idosa.

Palavras Chave

idoso; intoxicação medicamentosa; tentativa de suicídio

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT-RS) - Rio Grande do Sul - Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

RODRIGO CHULTZ, JEOVANA RODRIGO CERESA, PEDRO CERVO CALDERARO, BRUNA TELLES SCOLA, VIVIANE CRISTINA SEBBEN