Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA ENXAQUECA E AS SINDROMES DE ALGIA CEFALICA NO BRASIL

Fundamentação teórica/Introdução

Mais de 90% de todas as dores de cabeça primárias se enquadram em categorias, incluindo enxaqueca, tipo tensional e cefaleia em salvas. Embora a cefaleia do tipo tensional episódica (CTT) seja o tipo de cefaleia mais frequente em estudos populacionais, a enxaqueca é o diagnóstico de cefaleia mais comum em pacientes que se apresenta nos atendimentos médicos.

Objetivos

Analisar a prevalência dos casos de enxaquecas e outras síndromes de algias cefálicas por região no Brasil e descrever o perfil epidemiológico.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico descritivo das Internações por Enxaqueca e síndromes de algias cefálicas realizado, no período de 2017 a 2022, por meio de acesso ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS). As variáveis analisadas foram: região de residência, sexo, faixa etária, ano de atendimento. Calculou-se as frequências das variáveis e a prevalência do desfecho por região no Brasil com numerador compreendendo o número de casos de enxaqueca no período e denominador a população total exposta.

Resultados

Foram analisadas 60.651 internações, o que representa uma prevalência de 0,28 internações a cada 1.000 habitantes. No que tange às características a distribuição demográfica, os dados de hospitalização mostram predomínio de internações na região nordeste (30,7%). Entre os casos notificados, 65,3% ocorreram em mulheres. Já em relação a faixa etária, os casos concentraram-se entre 30 e 39 anos com 118,5%, apontando uma prevalência de 3,84 internações a cada 100.000 habitantes. Além disso, no período de 2017-2019 observa-se uma média de 11086,6, casos, e esse número demostra um aumento de aproximadamente 27,9% durante os anos de pandemia de COVID-19.

Conclusões/Considerações Finais

Observou-se que há uma alta prevalência de enxaqueca em atendimentos no Brasil. Dessa forma, podemos destacar que a Região Nordeste apresenta os maiores números de internações e os indivíduos do sexo feminino, em faixa etária economicamente ativa, são os mais acometidos no Brasil. Além disso, é possível perceber uma elevação considerada nas notificações nos 3 últimos anos, que pode estar relacionada ao período pandêmico, uma vez que alterou os hábitos de vida e incidiu fatores estressantes a população, sendo isso possíveis desencadeadores de sintomas álgicos. Esse estudo reforça a necessidade da implementação de estratégias de prevenção e diagnóstico correto e precoce para cefaleias.

Palavras Chave

Cefaleia. Enxaqueca. Internações. Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Trabalhos Científicos

Autores

ANA ISABELA ALVES DO VALE, NATHYELLE MARIA DE OLIVEIRA CÂNDIDO, RENATA DOS SANTOS RABELLO