Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS TAXAS DE INTERNAÇOES E DE OBITOS POR FRATURA DO CRANIO E DOS OSSOS DA FACE NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2013 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

Fraturas do Crânio e dos Ossos da Face (FCOF) são lesões graves de origem traumática que podem gerar danos ao encéfalo, aos órgãos sensoriais, aos nervos cranianos e às estruturas adjacentes. O tratamento varia de medidas conservadoras até intervenções cirúrgicas. As FCOF devem exigir atenção especial nos serviços de saúde em Santa Catarina (SC), justificando a relevância do presente estudo.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico de internações e óbitos por Fraturas do Crânio e dos Ossos da Face em Santa Catarina entre 2013 e 2022.

Delineamento e Métodos

Trabalho científico retrospectivo, observacional e descritivo com abordagem quantitativa, para o qual foram coletados dados provenientes do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde. Para essa coleta, foram utilizadas as variáveis sexo, Média de Dias de Permanência Hospitalar (MDPH), raça/cor e faixa etária e foi definido o período de 2013 a 2022 para a apresentação dos dados, os quais foram tabulados no Microsoft Excel 2016 com posterior análise por meio de estatística descritiva.

Resultados

Foram registradas 12.950 internações e 71 óbitos no período analisado, com uma MDPH geral de 3,6 dias. Houve uma proporção consideravelmente maior de internações (79,93%) e óbitos (84,51%) entre indivíduos homens, que também demonstram Taxa de Letalidade (TL) (0,58%) e MDPH (3,7 dias) maiores em relação às das mulheres (0,42% e três dias, respectivamente). Pessoas brancas foram associadas a 87,17% das internações e 90,14% dos óbitos. O estrato de 20 a 29 anos foi responsável por 28,45% das internações e 19,72% dos óbitos, enquanto o de acima de 80 anos foi relacionado às maiores TL (4,76%) e MDPH (4,4 dias).

Conclusões/Considerações Finais

A maior proporção de internações e óbitos por FCOF e maior MDPH em homens pode indicar que esse grupo sofre maior risco para acidentes que possam gerar essas fraturas principalmente por imprudência, como o uso de motocicleta sem capacete. A maior proporção de população branca em SC pode refletir um viés, justificando haver mais casos em pessoas brancas. O maior estrato de internações e óbitos ser entre 20 a 29 anos corrobora com a ideia de que nessa idade há mais inexperiência na direção. As maiores TL e MDPH em idosos refletem necessidade de cuidados maiores nessa faixa etária pela sua fragilidade.

Palavras Chave

Fraturas, Crânio, Ossos Faciais, Perfil Epidemiológico, Internações.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - Pará - Brasil

Autores

RAFAEL MALCHER MEIRA ROCHA, HUGO FERREIRA MENDES, LUCAS QUARESMA MARTINS, JOÃO GABRIEL UCHÔA COSTA, YURI DO CARMO DA SILVA