Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS E LIMITAÇOES NA CONDUÇAO DE POLIARTRITE GOTOSA EM UM PACIENTE IDOSO E RIBEIRINHO NA REGIAO DO VALE DO XINGU: UM RELATO DE EXPERIENCIA

Fundamentação teórica/Introdução

Artrite gotosa afeta sobretudo homens, dois a sete por cada mulher afetada. Sendo acometida principalmente por pacientes senis. Cerca de 7% da população adulta apresenta hiperuricemia, mas apenas 1% manifesta a doença. A falta de conhecimento sobre a gota e seu tratamento entre pacientes e profissionais de saúde, tem-se demonstrado como uma barreira considerável ao manejo adequado e eficaz dessa condição.

Objetivos

Descrever as manifestações clínicas, evolução e condução de um paciente com poliartrite gotosa contrastando com a experiência academicista.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de um acadêmico de medicina. Realizado em junho/2023 durante um estágio supervisionado no setor de clínica médica de um hospital público da transamazônica.

Resultados

Paciente masculino, 71 anos, mecânico de barcos admitido no pronto atendimento com fortes dores articulares em repouso e à movimentação. Estas começaram de início súbito em meados de 2022 com piora ao longo dos meses intensificando-se nos períodos noturnos. Sendo de forte intensidade em articulação Tibiofemoral Esquerda. Moderada intensidade em articulações carpometacarpais e úlmeroradial. Irradiando ao longo dos membros. Com leve fator de melhora durante internação com opioides e drenagem de tofos subcutâneo. Como antecedentes: hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus e Síndrome Metabólica desde 55 anos, fazendo uso de nifedipino, losartana, hidroclorotiazida, metformina e ASS. Tabagista de longa data (45 maços-ano), etilista por 16 anos. Tendo amputado o 1º pododáctilo direito em 2019 por complicações diabética. Como terapêutica hospitalar: dexametasona, colchicina, alopurinol.

Conclusões/Considerações Finais

Mesmo estando no ciclo básico este caso proporcionou significativos aprendizados por trata-se de um tratamento preventivo. Destacou a importância do autocuidado a fim de melhorar a autoestima e a qualidade de vida do paciente. Tornou-se de extrema necessidade orientá-lo que a gota não é uma doença letal e que o maior obstáculo está em evitar as recidivas das crises agudas mediante cessação etílica, da ingesta hiperproteica, assim como tratamento da hipertensão, hiperlipidemia e obesidade, o qual é um desafio ao idoso por este morar em região ribeirinha sem acesso à equipe multiprofissional e familiares na sua orientação. É válido destacar a importância da substituição do tiazídico na condução da HAS visto que este configura fator de risco à doença.

Palavras Chave

Artrite gotosa; Poliartrite; Populações Vulneráveis;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - Pará - Brasil

Autores

LAERCIO DE ALMEIDA CALDEIRA, RAMON VELOSO SOUSA SOBRAL, TÁSSIO ROBERTO DE ARAÚJO PASSOS, DENIS VIEIRA GOMES FERREIRA, BRUNA GRAZIELLI JACOMEL