Dados do Trabalho


Título

TROCA DE MARCAPASSO DEFINITIVO COM EVOLUÇAO PARA SEPSE POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS: UM RELATO DE CASO.

Fundamentação teórica/Introdução

1. Introdução: O uso de marcapassos (MP) como dispositivos eletrônicos atuantes no controle de cardiopatias, vem se mostrando cada vez mais relevante. Entretanto, percebe-se um aumento nas taxas de infecção decorrentes desse procedimento, relacionados ao envelhecimento da população, tendo a sepse como uma complicação pouco frequente, porém de maior letalidade.

Objetivos

2. Objetivos: Relatar um caso de sepse por Staphylococcus aureus como resultado da troca de MP definitivo.

Delineamento e Métodos

3. Delineamento e métodos: Relato de caso.

Resultados

4. Descrição do caso: Homem, 91 anos, com multimorbidades e em uso de MP há 9 anos. Veio ao pronto-socorro uma semana após realização da troca do dispositivo, com queda de estado geral, dor, edema e hiperemia em local do procedimento, inapetência e diminuição da diurese. Realizou-se coleta de hemoculturas, cultura de secreção do sítio do MP e administração de Vancomicina empiricamente, além de admissão na UTI, na qual permaneceu por 5 dias. Exames laboratoriais: leucócitos 10980; plaquetas 139.000; lactato 9; creatinina 1.9 e PCR 187. Prosseguiu estável hemodinamicamente sem vasopressores e responsivo a expansão volêmica, mantendo-se monitoramento diário. Antibioticoterapia resultando em discreta melhora de valores plaquetários, PCR e creatinina, porém sem evolução do quadro inflamatório local. Culturas positivadas para a presença de Staphylococcus aureus, optou-se, então, pela manutenção da Vancomicina. Presença de delirium nosocomial sobreposta a demência preexistente bem controlada. Ecocardiograma indicou ausência de sinais de endocardite infecciosa. Dado a melhora dos parâmetros indicadores de quadro séptico e da inflamação local, recebeu alta da UTI e substituição da antibioticoterapia para Oxacilina. Mantido suporte ventilatório e infusão glicosada, com melhora laboratorial e clínica. Como resolução definitiva, visto que retirada do dreno da loja do MP seguia com intercorrências, foi realizada a transferência para possível troca do dispositivo com o cirurgião responsável.

Conclusões/Considerações Finais

5. Considerações finais: A sepse por Staphylococcus aureus como complicação da implantação de dispositivos cardíacos reforça a necessidade de atenção no acompanhamento pós procedimento, especialmente em idosos e portadores de comorbidades, visto sua gravidade e complexidade no tratamento. Nesse caso, evidencia-se a importância do diagnóstico e intervenções precoces para a redução de cenários desfavoráveis em quadros sépticos resultantes da troca do MP.

Palavras Chave

Palavras-chave: Sepse; Marcapasso; Dispositivo cardíaco.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

FERNANDA DOS SANTOS GAMBA, GABRIELA DUARTE WALDRIGUES, PAULA IMIANOSKY, SARA PATRICIA BERNARDI, MARCUS VINICIUS BOTELHO DO COUTO