Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: COLANGITE POS DUODENOPANCREATECTOMIA EM PACIENTE COM NEOPLASIA CISTICA DE PANCREAS

Fundamentação teórica/Introdução

Importância de relatar o caso visto que a investigação, diagnostico e tratamento dessa doença e de suas repercussões mesmo no pós-operatório ainda estão evoluindo. A paciente em questão realizou uma gastroduodenopancreatectomia (GDP) para resolução do quadro de neoplasia pancreática que acabou tendo complicações de colangite e dilatação das vias biliares, desfecho incomum.

Objetivos

Descrever o quadro de uma paciente com complicações de colangite e dilatação transparietohepática pós cirurgia de GDP por neoplasia cística de pâncreas.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

Paciente feminina, 72 anos, com neoplasia cística na cabeça do pâncreas, foi submetida a uma (GDP) por videolaparoscopia e reconstrução com alça única para tratamento. O procedimento incluiu GDP, colecistectomia, linfadenectomia regional e anastomoses em uma reconstrução em alça única. O pós-operatório foi conduzido na UTI.
A paciente possuía comorbidades como hipotireoidismo, arritmia, doença do refluxo gastroesofágico, úlcera duodenal péptica e osteoporose. Além disso, era tabagista ativa.
Durante a internação, foram observados níveis elevados de amilase e lipase no dreno, indicando possível complicação. Foi iniciado o tratamento com Octreotide e nutrição parenteral (NPT). Após a estabilização, a paciente passou a receber dieta líquida completa por via oral e reposição de vitamina D. O desmame da NPT foi iniciado e ela recebeu alta hospitalar.
No entanto, com 5 meses de pós-operatório a paciente retornou ao pronto atendimento com suspeita de coleção na região abdominal e apresentou sintomas como tremor excessivo, calafrios, sonolência, inapetência, náusea e vômitos. A hipótese diagnóstica foi de gastroenterocolite aguda, a paciente recebeu suporte.
Exames de imagem mostraram sinais de GDP, coleção hidroaérea, aerobilia, pequenos cistos hepáticos e dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas. Após tratamento para colangite provável, a paciente recebeu alta com orientações de retorno.
Em um retorno subsequente, foi realizada uma sessão de colangioplastia com balão para tratar uma estenose biliar. A paciente recebeu alta novamente, com seguimento ambulatorial.

Conclusões/Considerações Finais

O caso destaca a importância da vigilância no acompanhamento pós-operatório de pacientes submetidos a cirurgias complexas e o desafio no tratamento de complicações como colangite e estenose de anastomose. O monitoramento contínuo e intervenções adequadas são essenciais para garantir a recuperação bem-sucedida e evitar complicações graves.

Palavras Chave

Neoplasia cística de pâncreas, Colangite, Dilatação transparetohepática

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNISUL PB - Santa Catarina - Brasil

Autores

EDUARDA AMARAL DA SILVA, VINICIUS GOMES DE SALES CRUZ, GUSTAVO PERESSONI BERNARD, MARIANGES ZANDROZNY GOUVEA COSTA