Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS OBITOS E INTERNAÇOES POR QUEDAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2013 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

Quedas são definidas como “deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, comprometendo a estabilidade”, e são a principal causa de morte acidental entre idosos, levando a óbito mais de meio milhão de pessoas anualmente. Assim, a problemática se revela muito danosa, tanto pelas vidas perdidas e sequelas quanto pelo custo governamental, o que exige atenção especial dos órgãos públicos de saúde de Santa Catarina (SC), justificando a relevância do presente estudo.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos e internações por quedas em SC entre 2013 e 2022.

Delineamento e Métodos

Trabalho científico retrospectivo, observacional e descritivo com abordagem quantitativa, para o qual foram coletados dados provenientes do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde. Para coleta desses dados, foram utilizadas as variáveis epidemiológicas sexo, faixa etária e raça/cor e foi definido o período de 2013 a 2022 para a apresentação dos dados, os quais foram tabulados no Microsoft Excel 2016 com posterior análise por meio de estatística descritiva.

Resultados

Foram registradas 250.446 internações e 4.480 óbitos no período analisado. Em relação ao sexo, foi notada uma proporção maior de internações (64,01%) e óbitos (55,60%) entre homens, que possuem taxa de mortalidade de 1,55%, inferior à das mulheres (2,21%). Enquanto o estrato de 20 a 29 anos foi responsável por 15,84% das internações, o de acima de 80 anos representou a maior proporção de óbitos (38,37%) e taxa de mortalidade (10,35%). Acerca da variável cor/raça, a maioria das internações (90,82%) e óbitos (92,90%) corresponde a indivíduos brancos, com taxa de mortalidade de 1,83%.

Conclusões/Considerações Finais

O fato de o sexo masculinos ter maior frequência em internações e óbitos por quedas reflete, possivelmente, uma questão cultural que configura maior disposição, por parte dos homens, para realização de atividades de risco. Já a predominância da faixa etária entre 20 e 29 anos nas internações pode condizer com a idade mais economicamente ativa, em que os indivíduos necessitam passar mais tempo fora de casa, aumentando a exposição à possibilidade de queda, enquanto a maior mortalidade da de 80 anos ou mais reflete maior fragilidade desse grupo, devido à idade mais avançada. Por fim, a discrepante maioria dos óbitos e internações na raça branca configura um viés, visto que a população de SC é majoritariamente branca.

Palavras Chave

Quedas, Perfil Epidemiológico, Internações.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

HUGO FERREIRA MENDES, RAFAEL MALCHER MEIRA ROCHA, LUCAS CORRÊA MODESTO, CECILIA HARUMI MARTINS HATANO, LUMA FLEURY DE FIGUEREDO