Dados do Trabalho


Título

MORBIDADE MATERNA NO ESTADO DO PARA, BRASIL, NO PERIODO DE 2019 A 2023

Fundamentação teórica/Introdução

A morbidade materna compreende um conjunto de fatores de saúde e doenças que afetam gestantes e recém-nascidos, reflete a qualidade da assistência à saúde fornecida a essas mulheres, bem como fatores socioeconômicos que influenciam a qualidade de vida do duo materno-fetal. A falta de tratamento adequado interfere na mortalidade materna e neonatais, contribuindo para a taxa global de uma morte materna a cada dois minutos.

Objetivos

Traçar o perfil epidemiológico da morbidade materna no Estado do Pará, no período de 2019 a 2023, e analisá-lo para compreender a realidade da saúde populacional retratada.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e quantitativo sobre a morbidade materna no Estado do Pará. Os dados foram coletados do banco de dados DATASUS através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2019 a 2023.

Resultados

Foram registradas 557.096 notificações relacionadas à gravidez, parto e puerpério, sendo 551.881 foram em caráter de urgência. No ano de 2021 teve o maior número de internações (n=129.850). As internações ocorreram predominantemente em Belém (n=110.584), seguido de Ananindeua (n=28.130), Castanhal (n=27.823), Marabá (n=26.602) e Santarém (n=26.591). Quanto ao perfil socioeconômico, a maioria das gestantes era parda (n=383.825) e tinha entre 20 e 29 anos (n=297.512). As principais causas de internação foram “parto único espontâneo” (n=232.422), seguido por “outras complicações da gravidez e do parto” (n=115.947) e “Outros motivos de assistência à mãe relacionados à cavidade fetal e amniótica, e possíveis problemas de parto” (n=92.024). No período estudado, foram registrados 300 óbitos relacionados a essas internações.

Conclusões/Considerações Finais

A morbidade materna é uma preocupação no Estado do Pará, com índices elevados de internações de urgência. A falta de informações e intervenções precoces são fatores que contribuem para o aumento dos casos, sendo evidente no ano de 2021, quando gestantes evitaram buscar assistência devido à pandemia de COVID-19. Belém, a capital paraense, lidera internações devido ter maior contingente populacional e ter hospitais de referência em saúde materna na região. Nesse sentido, torna-se urgente a necessidade de medidas para reduzir tais casos, como o incentivo ao pré-natal, pois muitos dos fatores são evitáveis.

Palavras Chave

Morbidade; Mortalidade; Gestante de Risco.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

VANESSA RAFAELA MICHELS, HENRIQUE LEAL SARMENTO, ELIZANDRA BIÁ VIANA, ANDRESSA ALVES DOS ANJOS, CAROLINE GOMES MACÊDO