Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE HOSPITALAR DE ADULTOS POS PANDEMIA DE COVID 19

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução/Fundamentos: Previamente a pandemia, as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias estavam entre as principais causas de óbito no Brasil; já no período de 2021, esse panorama se modificou, onde os óbitos por doenças infecciosas alcançaram o primeiro lugar - devido a pandemia da COVID 19 - e as doenças do aparelho circulatório passaram a ser a segunda principal. Como consequência, é necessário considerar, em um contexto pós pandemia, que a taxa de mortalidade hospitalar geral está retornando aos índices prévios à pandemia.

Objetivos

Objetivo: Avaliar os óbitos ocorridos em um hospital do interior do Rio Grande do Sul, após a segunda onda de pandemia de COVID 19, analisando as principais causas de óbito geral.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Realizou-se um estudo transversal retrospectivo em prontuários médicos eletrônicos para obtenção de um panorama da mortalidade hospitalar em um hospital de ensino do interior do Rio Grande do Sul. Foram selecionados prontuários, referentes a todos os pacientes adultos (maiores ou igual a 18 anos) internados que evoluíram para óbito no período de março de 2022 a agosto de 2022.

Resultados

Resultados: O estudo avaliou 243 pacientes que vieram a óbito em um hospital após a segunda onda da pandemia por COVID-19. Observou-se maior proporção de óbitos de pessoas na faixa etária de 70 a 79 anos, homens, sem diagnóstico de Aids/HIV, com comorbidades, sem obesidade, com doenças cardiovasculares, sem doenças endocrinológicas, sem doenças respiratórias crônicas, sem neoplasia, sem doenças renais, sem diagnóstico de covid-19 no momento do óbito, com infecção no momento do óbito e que não estavam intubadas. A maior parcela dos óbitos ocorreu nas alas de enfermaria, porém, o fator limitante, é que não foi possível analisar quantos desses pacientes foram admitidos em Unidade de Terapia Intensiva em algum momento durante a internação hospitalar. Além disso, cabe ressaltar que houve uma maior proporção de óbitos devido a sepse não especificada.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações finais: Reconhecer o perfil de óbitos da instituição é necessário para avaliar a dinâmica de assistência em períodos habituais e, especialmente, em períodos de epidemias/pandemias onde os fluxos e rotinas podem ser perdidos, acarretando prejuízo para o paciente.

Palavras Chave

Infecção por Coronavírus; Hospitalização; Mortalidade; Comorbidade.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

FERNANDA GARMATZ LEITE, EDUARDA AIROLDI DE MELLO, BIANCA KOLLING JOHANN, JOANA WESCHENFELDER PORN, MARCELO CARNEIRO