Dados do Trabalho


Título

PNEUMONITE INDUZIDA POR IMUNOTERAPIA - RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A pneumonite secundária a imunoterapia, é uma complicação eventual imprevisível e variável, que consiste em inflamação do parênquima pulmonar. A clínica inclui quadro assintomático até exibição de tosse, dispneia, hipoxemia, fadiga ou dor torácica, em que o tratamento abrange terapia de suporte e corticosteroides.

Objetivos

Relatar um caso de pneumonite induzida por imunoterápico com resposta ao uso de corticoide.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

Paciente 46 anos, feminina. Em tratamento de carcinoma mamário. Submeteu-se a quimioterapia com Paclitaxel e Doxorrubicina. Após 1 mês do último ciclo, paciente interna com quadro de dispneia progressiva até dessaturação, febre de 39,5°C e tosse seca, com estertores crepitantes em velcro difusos e elevação de proteína C reativa (PCR). A tomografia computadorizada (TC) de tórax evidenciou múltiplas opacidades em vidro fosco, focos consolidativos e infiltrado reticular de permeio, associado a leve espessamento brônquico e derrame pleural laminar (Figura 1a). Foi iniciada corticoterapia em altas doses e antibióticos para cobertura de possível infecção bacteriana sobreposta. Realizada broncoscopia com laudo normal e lavado bronco-alveolar com citológico não realizado devido à baixa celularidade da amostra. Em nova TC de tórax após 14 dias, observou-se extensa redução das lesões (Figura 1b), sugerindo diagnóstico de pneumonite intersticial aguda (PIA); neste caso, presumidamente induzida por Paclitaxel devido a sugestão de literatura. Biópsia pulmonar não realizada devido a gravidade do caso e rápida resposta ao corticoide. A paciente apresentou melhora clínica e radiológica, recebendo alta assintomática.

Conclusões/Considerações Finais

A PIA por quimioterapia é uma das raras complicações potencialmente graves secundárias a antineoplásicos, a qual consiste em tosse e dispneia, sendo um desafio médico para o diagnóstico diferencial em quadros respiratórios, uma vez que seus sinais e sintomas são semelhantes a outras patologias comuns. No presente caso, presume-se através da história clínica, aspecto tomográfico, resposta dramática a corticoide e literatura médica; que a PIA seja secundária ao uso do Paclitaxel.

Palavras Chave

pneumonite, intersticial, imunoterapia, corticoide, vidro fosco

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Associação Hospitalar São José - Santa Catarina - Brasil

Autores

MARIA LUIZA KOVALSKI, JÉSSICA CARNIEL BELTRAMI, NATHANIELE FALCÃO XAVIER, ALYSSA MARIA RIGON BUENO, JOANA TROSDOLF ADAIR