Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE HOSPITALAR DE ADULTOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL: ESTUDO UNICENTRICO

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: Um novo subtipo de coronavírus foi identificado como causador de quadros respiratórios na China em 2019. De disseminação rápida, atingiu todos os continentes, provocando uma crise na saúde mundial. Em 2022, o Brasil ocupou o segundo lugar em número de casos e óbitos por COVID-19, que foi a maior causa isolada de óbitos no Brasil em 2021, com 28% das mortes. Se tratando de uma doença grave, onde parte significativa dos casos evolui com Síndrome Respiratória Aguda Grave com altas chances de evolução desfavorável, é necessário entender o peso dessa doença no perfil da mortalidade do país.

Objetivos

Objetivos: Realizar uma análise dos óbitos ocorridos em um hospital de ensino do interior do Rio Grande do Sul, durante a pandemia por COVID-19, comparando os ocorridos por essa patologia e por outras causas.

Delineamento e Métodos

Métodos: Estudo transversal retrospectivo através da análise dos prontuários anonimizados de pacientes adultos internados que evoluíram para o óbito de agosto de 2020 até julho de 2021. Estudo aprovado pelo CEP (CAAE 53761321.7.0000.5343).

Resultados

Resultados: Dos 457 casos elegíveis para o estudo não houve diferença significativa entre número de óbitos por COVID-19 e por outras causas e nem entre sexos. A média de idade foi de 67 (±16) anos, com predomínio de óbitos em maiores de 60 anos. A presença de alguma morbidade foi verificada na maioria dos pacientes, sendo mais frequente nos que evoluíram para óbito sem COVID. A presença de doença cardiovascular foi a comorbidade mais frequente principalmente nos pacientes sem COVID e a e a obesidade foi a mais encontrada em pacientes com a virose. A média do tempo do início de sintomas antes da internação dos pacientes que evoluíram a óbito com COVID-19 foi de 8 (± 4,78) dias. A necessidade de internação em UTI e a de intubação orotraqueal (IOT) + ventilação mecânica (VM) foram as variáveis encontradas na maioria dos que evoluíram para óbito no grupo COVID. O tempo de internação até o óbito em UTI e o de IOT + VM foram maiores neste grupo, assim como o período de internação até o óbito. A subanálise de tomografias de tórax em pacientes com COVID-19 foi realizada em 74,8% dos pacientes, dentre estes 75,1% apresentou alterações entre 26 e 75% do volume pulmonar.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: A análise das morbidades nos pacientes que evoluem para óbito durante uma pandemia favorece indicadores para uma melhor gestão pública, especialmente às populações de maior risco com visão a proteção em próximas epidemias.

Palavras Chave

Palavras-Chave: COVID-19, mortalidade hospitalar, pandemia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Santa Cruz - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ANDREZA HERNANDEZ RIVA, CAROLINE WALLAU FONTANA, EDUARDA AIROLDI DE MELLO, VICTÓRIA TELES FRANÇA, MARCELO CARNEIRO