Dados do Trabalho

Título

RETARDO DE CRESCIMENTO, DISMORFIAS DE FACE E HIPOPLASIA IMPORTANTE DAS UNHAS: ACHADOS RELACIONADOS A EXPOSIÇAO GESTACIONAL A HIDANTOINA

Fundamentação teórica/Introdução

A hidantoína, também chamada de fenitoína, é uma medicação amplamente utilizada para quase todos os tipos de crises convulsivas, sendo que seu uso durante a gestação está associado a um padrão de malformações conhecido como síndrome da hidantoína fetal, que acomete cerca de 5 a 10% dos fetos expostos à medicação.

Objetivos

Relatar achados relacionados à exposição gestacional à hidantoína.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

A paciente nasceu de parto normal, com 34 semanas de gestação, pesando 1670 g, medindo 40cm, com perímetro cefálico de 29 cm e escores de Apgar de 7 e 8. A mãe era portadora de Schwannoma, sendo que necessitou utilizar durante a gestação diversas medicações, incluindo a fenitoína devido às crises convulsivas. A gestação evoluiu com oligodramnia grave. A criança era a sua primeira filha. Logo ao nascimento, notaram-se as anormalidades de unhas na criança. No seu exame físico, evidenciou-se retardo de crescimento, microcefalia, orelhas em fauno e hipoplasia importante das unhas das mãos (especialmente dos quartos e quintos dedos) e dos pés. A ecocardiografia foi normal. O exame de cariótipo também foi normal. A criança evoluiu, até cerca dos 2 anos, com adequado desenvolvimento neuropsicomotor.

Conclusões/Considerações Finais

Fetos expostos à hidantoína durante a gestação podem nascer apresentando achados físicos, que se relacionam à ação teratogênica desse anticonvulsivante, constituindo a síndrome da hidantoína fetal. Este padrão de alterações costuma usualmente acometer o sistema nervoso central, as estruturas da face e a extremidade dos dedos (em especial, as unhas).

Palavras Chave

Hidantoína, epilepsia, gestação, teratogenicidade.

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Área

Clínica Médica