Dados do Trabalho


Título

CRIPTOCOCOSE CUTANEA PRIMARIA EM PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL

Fundamentação teórica/Introdução

A criptococose é causada por fungos do gênero Cryptococcus e representa 8% das infecções fúngicas em pacientes transplantados, sendo um grupo de risco a população idosa, do sexo masculino e trabalhadora rural sujeita à manipulação de excrementos de aves. A criptococose cutânea primária ocorre quando os fungos são inoculados diretamente na pele por meio de uma lesão traumática. Seu diagnóstico é dado através de biópsia de pele, cultura ou histopatologia. O tratamento para esta forma baseia-se no uso de fluconazol, associado à anfotericina B em casos em imunocomprometidos, casos graves ou com acometimento do sistema nervoso central.

Objetivos

elucidar a importância do diagnóstico precoce, instituição da terapêutica empregada e cuidados específicos para o paciente imunossuprimido, com transplante renal associado à criptococose cutânea primária.

Delineamento e Métodos

relato de caso com assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Com embasamento teórico em literatura indexada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Google Scholar.

Resultados

Paciente masculino, 61 anos, hipertenso diabético e transplantado renal há 5 anos, em uso de tacrolimus e micofenolato, deu entrada hemodinamicamente estável apresentando lesões extensas em mão, antebraço e cotovelo direito há 30 dias e história de manuseio de entulho de galinheiro. Recebeu atendimento anterior em outro serviço, sendo realizadas antibioticoterapias e desbridamento de ferida. Foi aventada a hipótese diagnóstica de criptococose cutânea primária, confirmada por exame anatomopatológico, associada à infecção secundária. Foi iniciada terapêutica com anfotericina B, fluconazol e antibioticoterapia empírica. Sendo necessário, posteriormente, novos desbridamentos. Durante toda a internação foi mantido em isolamento e monitorização de função renal, hepática, infecciosa e hidroeletrolítica. O paciente evoluiu com melhora do quadro e programação de alta quando apresentou hipomagnesemia, hiponatremia e pico febril, apresentando cultura traqueal positiva para Klebsiella pneumoniae. Nos dias subsequentes, apresentou piora progressiva que culminou em bacteremia e choque séptico de foco pulmonar, evoluindo para óbito.

Conclusões/Considerações Finais

Pacientes imunossuprimidos têm chances de desenvolver infecções oportunistas, e o Cryptococcus deve ser alvo de investigação na presença de lesões de pele, para que haja adequada terapêutica.

Palavras Chave

criptococose, Cryptococcus, Hospedeiro Imunocomprometido, fungos, Transplante de Rim

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade José do Rosario Vellano - Unifenas - Minas Gerais - Brasil

Autores

VICTOR CESAR SILVA PEREIRA, KATIA REJANE RODRIGUES LEAL, SARAH FRANÇA OLIVEIRA, TALISSA TAVARES VILELA