Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE INTERNAÇOES DECORRENTES DE TRANSTORNOS DE CONDUÇAO E ARRITMIAS CARDIACAS NO PERIODO DE 2017 A 2022

Fundamentação teórica/Introdução

Os transtornos de condução e arritmias cardíacas (TCAC) são condições preocupantes na emergência médica. O quadro tem amplo espectro de manifestações, sendo as principais as palpitações e a síncope, e a mais grave delas a morte súbita. Visto isso, um perfil epidemiológico das internações decorrentes da condição pode auxiliar no diagnóstico precoce e manejo ambulatorial, atenuando os atendimentos emergenciais desses transtornos.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico das internações decorrentes de TCAC no Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo observacional com dados obtidos no DATASUS. Verificou-se o número de internações, caráter de atendimento, faixa etária, sexo, óbitos e taxa de mortalidade no Brasil pelo CID-10 de Transtornos de Condução e Arritmias Cardíacas, no período de 2017 a 2022.

Resultados

Durante o período estudado, ocorreram 386.396 internações decorrentes de TCAC, sendo 69.456 de caráter eletivo e 316.940 de urgência. A região Sudeste registrou o maior número de internações, com o menor número na região Norte. Do total de institucionalizações no país, 203.460 foram do sexo masculino, com uma taxa de mortalidade média de 13,18%. O sexo feminino teve 182.936 internações, com mortalidade de 12,38%. O sexo masculino teve menor taxa de mortalidade na região Sul do país (10,12%), e o feminino na região Nordeste (9,36%). Em contrapartida, a região com a maior taxa de mortalidade foi a Centro-Oeste para ambos os sexos: masculino 26,31%, feminino 23,50%. Nacionalmente, a maioria dos pacientes internados tinha 60 anos ou mais, porém com maior mortalidade entre os 20 e 59 anos (12,74%). Avaliando as regiões, o Sul e o Nordeste tiveram as menores taxas de mortalidade, e o Centro-Oeste com mais óbitos em todas as idades.

Conclusões/Considerações Finais

A TCAC é uma condição de emergência no Brasil, visto as numerosas hospitalizações no país, sendo a maioria com caráter de urgência. Os homens sofrem mais internações e tem maior índice de mortalidade. Avaliando as regiões brasileiras, o Centro-Oeste teve os maiores índices de óbito. Com isso, evidencia-se a importância do tema e a necessidade de um bom manejo ambulatorial de casos crônicos e a capacitação de profissionais para resultados positivos em casos agudos emergenciais. Ainda, fica clara a necessidade da identificação de falhas na condução dos pacientes na região Centro-Oeste por meio de novos estudos.

Palavras Chave

Arritmias, hospitalizações, epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital São José - Santa Catarina - Brasil, Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

ISABELA RAUPP COELHO, SAMANTA NUNES RODRIGUES, LARA GOMES RONCONI, MATHEUS SCOPEL ANDRIGHETTI