Dados do Trabalho


Título

SUCESSIVOS EVENTOS TROMBOEMBOLICOS EM PACIENTE JOVEM

Fundamentação teórica/Introdução

A doença isquêmica pode ocorrer devido a fatores de risco exógenos, endógenos e predisposição genética. A isquemia, se prolongada, pode provocar a morte do tecido e este fenômeno se denomina infarto. Qualquer região do corpo pode sofrer isquemia ou infarto

Objetivos

Este estudo teve como objetivo relatar um caso de paciente jovem com sucessivos quadros de isquemias.

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados


Paciente, masculino, aos 32 anos apresentou dor torácica atípica e foi diagnosticado com infarto agudo do miocárdio, realizado cateterismo cardíaco no dia 21/10/2010 que evidenciou obstrução subtotal na descendente anterior (DA) em segmento médio e primeiro ramo da diagonal com obstrução de 70% na sua origem, e realizado angioplastia com implante de stent. Em janeiro de 2020, queixou-se de cianose, poiquilotermia e parestesia, do 1º e 3º quirodáctilos de membro superior esquerdo, sendo realizado tratamento com anticoagulante. Foi iniciado investigação, e um dos exames realizados, o ecotransesofágico mostrou que no septo interatrial mostrou forame oval pérvio, e em seguida fez o fechamento percutâneo do forame oval patente, com sucesso. Em 06/05/2022 paciente apresentou quadro clinico de dor, parestesia e frialdade em membro superior esquerdo, foi diagnosticado evento tromboembólico agudo em artéria braquial, ulnar e radial esquerda, sendo submetido a embolectomia via artéria braquial. Em 07/11/2022, queixou-se de diplopia e amaurose fugaz do olho esquerdo, enquanto estava aguardando elevador em seu local de trabalho, sem esforço físico ou stress emocional. Apresentou recuperação da visão minutos após, e após exame oftalmológico foi evidenciado isquemia retiniana transitória. Durante investigação da etiologia dos eventos tromboembólicos, incluindo trombofilias e alterações hematológicas, foi diagnosticado com variante genética do fator V forma heterozigota. Em 31/01/2023, realizado ressonância cardíaca que evidenciou aneurisma septo-apical do ventrículo esquerdo (VE), fibrose miocárdica transmural de moderada extensão comprometendo a região septo-apical e apex do VE e com presença de fino trombo laminar na região septo-apical, optado por manter tratamento conservador e uso de anticoagulante diariamente.

Conclusões/Considerações Finais

Os sucessivos quadros de embolia não permitem que o paciente fique sem anticoagulantes devido ao diagnóstico de aneurisma de ponta de ventrículo esquerdo, pois não garante que outros eventos embólicos com potencial gravidade possam acontecer.

Palavras Chave

aneurisma septo-apical do ventrículo esquerdo; isquemia retiniana

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital da Força Aérea de Brasília - Distrito Federal - Brasil

Autores

BRUNA ALVES NUNES, THAIS BRAGA PEREIRA SCHIATTI, ANNA CAROLINA ERBESDOBLER DE SOUZA, ALICE CAMARGOS SOUZA E SILVA, GLEYCYELE WYGH CAMPOS OLIVEIRA LOURENÇO