Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS INTERNAÇOES DE CARATER DE URGENCIA POR INFECÇAO MENINGOCOCICA NO BRASIL NOS ULTIMOS CINCO ANOS.

Fundamentação teórica/Introdução

A evolução da doença meningocócica é muito rápida, com o surgimento abrupto de sintomas como febre alta e repentina, intensa dor de cabeça e rigidez do pescoço. Possui alto risco de morte, cerca de 10% a 20%, podendo chegar a 70%, se a infecção for generalizada.

Objetivos

Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico das internações de caráter de urgência por infecção meningocócica no Brasil nos últimos 5 anos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, quantitativo, cujo os dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SIH/DATASUS). Analisou-se a região, a faixa etária e o sexo que mais sofreram internações em caráter de urgência no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022.

Resultados

Foram registrados 4.774 casos de internações em caráter de urgência por infecção meningocócica no Brasil, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022. Dentre esses casos, o maior registro foi na região Sudeste, com 1.826 internações (38,25 % do total do número de internações), seguido pela região Sul, com 1.001 internações (20,97% do total do número de internações), enquanto a região Norte apresenta o menor número, com 214 internações (9,20% do total do número de internações). Observando o número de casos em relação ao sexo, percebemos uma prevalência do sexo masculino, com 2.581 casos (54,06% do total de casos de internações). Em relação à faixa etária, a idade mais acometida é a menor de 1 ano, totalizando 636 internações (13,32 % do total do número de internações).

Conclusões/Considerações Finais

Os resultados alcançados por este estudo possibilitaram perceber que esta doença pode afetar todas as faixas etárias e sexos, porém é mais frequente em crianças menores de 1 ano e do sexo masculino, respectivamente. A alta prevalência nessa faixa etária, pode ser explicada devido à imaturidade do sistema respiratório e imunológico da criança, prejudicando o combate à infecção. A vacinação é a principal forma de prevenção da doença meningocócica, as quais são seguras e eficazes, porém a proteção gerada pelas vacinas conjugadas não é permanente, necessitando de doses de reforço. Além disso, a compreensão do perfil epidemiológico atualizado desta população, pode auxiliar os profissionais de saúde a desenvolver ações direcionadas, a fim de realizar um diagnóstico precoce da doença, principalmente em grupos de risco, evitando assim, as complicações da doença e possíveis morbimortalidades.

Palavras Chave

infecção meningocócica, internações, urgência

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

INGRID TATSUMI MATSUBARA, AMANDA PIENIZ VIEIRA, GIOVANA FAMER BARBOSA , TANIZE BECHORNER ALMEIDA , ISABELLA MARTINS