Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE OBITOS POR EMBOLIA PULMONAR NO RIO GRANDE DO SUL DE MARÇO 2018 A MARÇO DE 2023

Fundamentação teórica/Introdução

A Embolia Pulmonar consiste na obstrução aguda da circulação arterial pulmonar por coágulos sanguíneos, oriundos da circulação venosa sistêmica, com redução ou cessação do fluxo sanguíneo pulmonar para a área afetada. A arteriografia pulmonar é o método padrão para o diagnóstico. Ademais, sabe-se que a incidência de óbitos por embolia pulmonar tem aumentado na última década, tornando-se um problema de saúde pública e de maior procura por atendimento médico.

Objetivos

Analisar o número de óbitos por embolia pulmonar por ano e seu respectivo perfil epidemiológico no estado do Rio Grande do Sul nos últimos cinco anos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado por meio de dados secundários, fornecidos pelo DATASUS entre os anos de março de 2018 a março de 2023. Foi analisado o índice de óbitos por embolia pulmonar, mediante ao sexo, a faixa etária e ao caráter de atendimento.

Resultados

No recorte temporal, ocorreram 741 óbitos por embolia pulmonar no Rio Grande do Sul, de modo que dessa totalidade mais de 93,6% (n=694) foram instituídas em caráter de urgência. Quando analisado o perfil dos pacientes, verificou-se uma prevalência de óbitos de indivíduos com a faixa etária com mais de 60 anos, evidenciando um índice de 75% (n=557). Em relação ao gênero, observou-se uma maior preponderância no sexo feminino, com um percentual de 59,1% (n=438). Nesse período houve diferença crescente significativa quanto ao número de óbitos por embolia pulmonar em cada ano, tendo o ano de 2022 o maior percentual de óbitos 22,6% (n=168).

Conclusões/Considerações Finais

Nota-se uma maior taxa de internação em caráter de urgência, em virtude da dificuldade de instituir diagnóstico e tratamento precocemente à embolia e sua alta mortalidade. Pode-se justificar a alta incidência em mulheres devido a hormônios específicos que alteram a cascata de coagulação favorecendo a formação de trombos. Em idosos relaciona-se com a imobilidade ou dificuldade de mobilidade articular, por cirurgias e aumento de comorbidades. Conclui-se, que torna-se primordial o conhecimento e identificação acerca desse tema para melhor manejo dos pacientes. E faz-se necessário políticas públicas, que visem o diagnóstico precoce e medidas de prevenção.

Palavras Chave

Embolia Pulmonar; Epidemiologia; Óbitos.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UCPEL - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

MARIANA ERNST SOTTER, KARLINE POSSAMAI DELLA, MARIANA SIMOES PIRES MARTINS, FILIPE MARCOLINO, ANA CAROLINA PELISER