Dados do Trabalho


Título

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA: UMA AVALIAÇAO EPIDEMIOLOGICA E COMPARATIVA ENTRE OBITOS POR AGRAVO DA DOENÇA E OBITOS POR OUTRAS CAUSAS NA REGIAO NORTE DO BRASIL NO PERIODO DE 2017 A 2022

Fundamentação teórica/Introdução

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma patologia infecciosa não contagiosa causada por protozoários intracelulares do gênero Leishmania, transmitidos principalmente pelos insetos flebotomíneos do gênero Lutzomyia. Atualmente, as drogas de escolha para o tratamento são os antimoniais pentavalentes.

Objetivos

Comparar os casos de LTA que evoluíram para óbito por agravo da doença ou por outras causas, como infecção secundária, na região Norte do Brasil no período de 2017 a 2022.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e quantitativo. As informações foram retiradas do banco de dados do DATASUS, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis utilizadas são os casos de óbitos por LTA e por outras causas ocorridos na Região Norte do Brasil, no período de 2017 a 2022.

Resultados

Foram notificados 44993 casos de LTA. Os 3 estados com maior incidência foram: Pará (18203 casos); Amazonas (8586) e Acre (6008). 10513 casos notificados não apresentaram evolução especificada, sendo representados como Ignorado/Branco. Dos 34480 casos notificados com evolução especificada, Tocantins teve o maior número de óbitos por LTA (7 casos), seguido por Roraima (2 casos), Amapá (2 casos), Pará (4 casos) e Acre (1 caso); Rondônia e Amazonas não tiveram notificações de óbito pela doença. Dos casos de óbito por outras causas, o Pará teve o maior número de notificações (35 casos), seguido por Tocantins (21 casos); Rondônia (26 casos); Amazonas (19 casos); Roraima (3 casos); Amapá (3 casos) e pelo Acre (4 casos).

Conclusões/Considerações Finais

Dadas essas constatações, é possível perceber grande discrepância em favor dos óbitos por outras causas, que são associados principalmente à infecção secundária, uma vez que, a LTA compromete as barreiras de proteção natural. Logo, para minimizar esse cenário, é importante reconhecer que tão importante quanto o tratamento da LTA, é o manejo do paciente para impedir possíveis complicações, por meio da correta informação sobre os cuidados e os sinais indicativos de agravos. Além disso, a educação em saúde é necessária na região Norte para que a população reconheça os riscos e as apresentações da LTA, visto que, a busca pelo atendimento médico e o tratamento precoce podem reduzir danos e coibir a incidência de complicações.

Palavras Chave

Leishmaniose; Doenças negligenciadas; Região Amazônica;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

HENRIQUE LEAL SARMENTO, VANESSA RAFAELA MICHELS, APOLLO VINÍCIUS FERNANDES NEVES, DAYVISON TELES DA TRINDADE, HELEN SOARES DE LIMA