Dados do Trabalho


Título

ASSOCIAÇÃO ENTRE MARCADORES OXIDATIVOS E AUTOPERCEPÇÃO DE SEQUELAS FUNCIONAIS RELACIONADAS À INFECÇÃO POR COVID-19 NA PESSOA IDOSA

Fundamentação teórica/Introdução

A pandemia de COVID-19, em 2020, afetou todos os países. No Brasil, destaque para Região Norte, sobretudo o Amazonas. O estado apresentou alta taxa de mortalidade em idosos com 60 anos ou mais, independentemente de outros fatores de risco, diferindo de outras regiões onde a condição predominou em idosos com > 80 anos, sugerindo que esses fatores poderiam contribuir para a severidade da doença e o desenvolvimento de sequelas. Considerando o impacto relevante da COVID-19 em estados oxidativos, é possível que essas sequelas estejam associadas a quadros oxidativos crônicos, identificáveis por marcadores sanguíneos.

Objetivos

Analisar a associação entre marcadores oxidativos e a autopercepção de sequelas funcionais relacionadas à infecção por COVID-19 em idosos.

Delineamento e Métodos

Um estudo longitudinal prospectivo, realizado em Manaus-AM, com 55 idosos com histórico prévio de infecção por COVID-19. Foi aplicada uma entrevista estruturada com 30 questões para coletar informações sobre o histórico de saúde dos idosos, escala de autopercepção tipo likert para avaliar as sequelas a médio e longo prazo e análises de marcadores oxidativos.

Resultados

Revelou-se que 43 dos idosos eram mulheres e 12 homens, média de idade 66,6 ± 5,1 anos, 49 alfabetizados e 6 não alfabetizados. Todos foram infectados antes de março de 2021 e vacinados. Na primeira avaliação de autorrelato, 70% relatou piora na saúde geral, 64% referiu fadiga, 58% teve alterações no apetite e composição corporal e 76% persistiu com sintomas após um ano da infecção. Após seis meses de acompanhamento, houve ligeira diminuição nas queixas, mas as sequelas ainda persistem. A análise de marcadores oxidativos (DCFH-DA, TBARS e carbonilação de proteínas) revelou diferenças significativas a médio e longo prazo, com redução de 50% nos níveis de DCFH-DA e carbonilação de proteínas e aumento de 35% nos níveis de TBARS, indicando um aumento na peroxidação lipídica associada ao estresse oxidativo.

Conclusões/Considerações Finais

As sequelas da COVID-19 persistiram a médio e longo prazo em idosos, sugerindo estarem relacionadas ao estresse oxidativo, com aumento da peroxidação lipídica. Esses achados corroboram com estudos que associam o aumento desse marcador a doenças metabólicas e cardiovasculares. Reconhece-se a necessidade de pesquisas adicionais para melhor entender essas questões e direcionar ações na prevenção e tratamento adequado das sequelas em idosos.

Palavras Chave

Estresse Oxidativo; Sequelas da COVID-19; Idosos.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade - Amazonas - Brasil, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal do Amazonas (UFAM) - Amazonas - Brasil

Autores

JOSE GUILHERME MAIA, RAILLA DA SILVA MAIA, MOISÉS HENRIQUE MASTELLA, EULER ESTEVES RIBEIRO, VERÔNICA FARINA AZZOLIN