Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA OBESIDADE NA GESTAÇAO NO ANO DE 2020

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: A obesidade na gestação é uma condição complexa e multifatorial que apresenta impacto significativo na saúde materna e fetal. Com o aumento global da obesidade, em especial das mulheres em idade fértil, faz-se necessário compreender o perfil epidemiológico da obesidade na gestação no Brasil, a fim de desenvolver estratégias eficazes de prevenção, intervenção e acompanhamento das gestantes.

Objetivos

Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico de obesidade na gestação no ano de 2020 e apontar os riscos atrelados à essa condição.

Delineamento e Métodos

Método: Estudo transversal analítico, cujos dados foram obtidos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. A população do estudo foi composta por gestantes brasileiras. As variáveis analisadas foram: Índice de Massa Corporal (IMC), região brasileira e padrão de consumo alimentar.

Resultados

Resultados: Os dados do IBGE apontam que do total de 1.087.538 gestantes acompanhadas na Atenção Primária, 51,8% apresentam o IMC acima de 30kg/m2. Em relação ao estado nutricional, por regiões do Brasil, as maiores prevalências de excesso de peso se encontram na região Sul (55,8%) e Sudeste (55,2%). No que se refere a padrões de consumo alimentar foi identificado que 56% consomem bebidas adoçadas e 76% alimentos ultraprocessados.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: A partir dos dados analisados, verifica-se que mais da metade das gestantes apresentam, pelo menos, obesidade grau I (IMC 30kg/m2), sendo que a maior concentração desse grupo se encontra nas regiões Sul e Sudeste, e que as prevalências de consumo de produtos açucarados e ultraprocessados são altas, condizente com os IMC e estados nutricionais apresentados. Além disso, as maiores taxas de obesidade nas regiões Sul e Sudeste podem ser justificadas pela maior concentração de renda nessas regiões. Contudo, o excesso de peso gestacional traz consequências à mãe-feto tanto na gestação, quanto a longo prazo, como maior risco de Diabetes Melito Gestacional, pré-eclâmpsia, macrossomia fetal, defeitos do tubo neural e obesidade na vida adulta. Dessa forma, é imprescindível desenvolver estratégias de prevenção, intervenção e acompanhamento das gestantes, visando melhorar os resultados materno-fetais e a saúde a longo prazo. Estratégias como educação e conscientização, aconselhamento nutricional, incentivo à atividade física, monitoramento regular da gestante e suporte psicossocial associado à intervenção multidisciplinar, que devem ser adaptadas individualmente.

Palavras Chave

Palavras-chave: Perfil epidemiológico; Obesidade; Gravidez

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - Santa Catarina - Brasil

Autores

NATALIA PILAN, CLARISSA FORMIGHERI MORETTO, LAURA MONTEIRO, LORENA ARAUJO DE AZEVEDO, MARIA JÚLIA BAPTISTA JOAQUIM