Dados do Trabalho


Título

COBERTURA VACINAL EM UM ESTADO DA AMAZONIA BRASILEIRA, ANTES E APOS A PANDEMIA DA COVID-19

Fundamentação teórica/Introdução

Diante do conhecimento da importância da vacinação como método de prevenir a disseminação das doenças evitáveis, surge o interesse em compreender mais especificamente a cobertura vacinal no estado do Pará.

Objetivos

Descrever a cobertura vacinal no estado do Pará, no período pré e pós pandemia de covid19.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo transversal, quantitativo, realizado no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Os dados secundários foram obtidos por meio da página eletrônica de Imunizações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Data-SUS-TABNET). As variáveis selecionadas foram: cobertura vacinal por ano, municípios e tipos de imunizações. Os dados agregados foram tabulados e analisados por meio do software Microsoft Excel 2019.

Resultados

No período de 5 anos, a cobertura vacinal geral no estado do Pará apresentou variação, saindo de 60,5% em 2018, para 49,1% em 2021 e para 57,0% em 2022, indicativo de que somente metade da população-alvo recebeu as vacinas recomendadas. Nos anos de 2018 e 2019 antes da pandemia, observamos os maiores índices de cobertura durante o período estudado, 60,5% e 65,1%, respectivamente. O estado do Pará, no ano de 2022, ficou à frente somente dos estados de Roraima (53,5%), Rio de Janeiro (51,4%) e Amapá (49,1%), em relação a cobertura vacinal. Em 2021, dos 144 municípios do estado, 54 (37,5%) e em 2022 48 (33,3%) apresentaram cobertura vacinal abaixo da média do estado. Quanto aos imunizantes, com melhores índices (BCG, Pneumocócica e Hepatite B em crianças até 30 dias), a cobertura antes da pandemia estava com 87,7%, 78,8% e 78,0%, respectivamente, quando comparada com o ano de 2022, após a pandemia, a cobertura passou para 83,0%, 73,6% e 74,4%, respectivamente. Chama atenção a vacina de poliomielite ter apenas 64,9% de cobertura no ano de 2022. Para o mesmo ano, a Tríplice Viral e Tetra viral apresentaram as menores coberturas, 30,2% e 5,0%, respectivamente.

Conclusões/Considerações Finais

As metas vacinais preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não são atingidas no estado do Pará, pois somente metade do público-alvo foi contemplado, sendo o vigésimo quarto entre os vinte e sete da federação. O melhor ano foi antes da pandemia, porém longe de atingir as metas estabelecidas. Mais de um terço dos municípios não conseguem alcançar nem a média da cobertura do estado. Os dados nos mostram o quanto o estado do Pará necessita ter maior prioridade na vacinação da população.

Palavras Chave

Imunização; cobertura vacinal; Pará; Amazônia; Brasil.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Trabalhos Científicos

Instituições

Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

INGRID MARCELLE LOPES FALCAO, ALESSANDRA LOPES DA SILVA FONSECA, DÉBORA DOS SANTOS REZENDE, VICTOR THIAGO AMORIM BARATO, HERNANE GUIMARÃES DOS SANTOS JUNIOR