Dados do Trabalho


Título

HEPATITE AUTOIMUNE

Fundamentação teórica/Introdução

A hepatite autoimune (HAI) é doença necroinflamatória crônica do fígado, cujos agentes desencadeantes não estão estabelecidos. A fisiopatogenia é decorrente da interação entre predisposição genética e agente desencadeador externo. A apresentação típica da doença, é de início insidioso de letargia e astenia, com alterações laboratoriais e achados de exame físico sugestivos de hepatopatia crônica.

Objetivos

Relatar o caso de Hepatite Autoimune.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

Paciente feminina, 59 anos, internada em enfermaria de Clinica Médica por Icterícia. Histórico mórbido pregresso de Hepatite A (há 40 anos) e episódios de icterícia com resolução espontânea ao longo dos anos. Sem relato de etilismo ou tabagismo, viagem recente ao norte do país – paciente proveniente do Amapá.
Há 5 dias iniciou com quadro inespecífico de mal estar, hiporexia e dor abdominal em epigástrio, evoluindo com icterícia, sem relato de acolia fecal e colúria.
Exames laboratoriais: BT 14,59 mg/dL BD 8,1 mg/dL BI 6,49 mg/dL TGO 1685 U/l TGP 1516 U/l Gama GT 203 U/l Fosfatase Alcalina 118 U/l. Realizado hidratação endovenosa e controle dos sintomas com analgesia simples. Realizou testes sorológicos: Anti-HBs negativo, HbSAg negativo, anti-HAV IgM/IgG não reagente, anti-HCV não reagente, Citomegalovírus não reagente, Epstein Barr não reagente, Toxoplasmose IgG/IgM não reagente. Posteriormente realizado Ultrassonografia de Abdome Superior que evidenciou sinais de hepatopatia crônica. Questionou-se Hepatite autoimune e Cirrose biliar primária que resultou em exames Anti - mitocôndria 1/160, FAN padrão citoplasmático pontilhado reticulado 1/640.
Iniciou Prednisona 30mg/dia, com melhora significativa do padrão ictérico (BT 7,26 TGO 100 TGP 332). Dando sequencia a investigação realizou-se Colangioressonância sem alteração estrutural em vias biliares, descartando CBP. Foi realizada biópsia hepática, que demonstrou hepatite crônica em atividade acentuada, com esboços de septos fibrosos porta-porta e presença de plasmocitose e rosetas, sugerindo etiologia autoimune.
Prosseguiu o tratamento com Prednisolona e seguimento ambulatorial com gastroenterologista.


Conclusões/Considerações Finais

O diagnóstico de HAI, uma doença hepatológica não usual se mostrou relevante para o raciocínio clinico. O diagnóstico e identificação de sinais e sintomas em um estagio precoce permitem um manejo terapêutico com melhor prognostico do paciente.

Palavras Chave

Hepatite autoimune; Relato de caso

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Regional Homero de Miranda Gomes - Santa Catarina - Brasil, UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - Santa Catarina - Brasil

Autores

LUCCA ORLANDO ODONI, RODRYGO FANFA, RAFAEL LOBO DE SOUZA, CLARISSA BUENO OLIVEIRA SAN THIAGO, LAURA ANTONIA VICENZI