Dados do Trabalho


Título

SURTO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR NO BRASIL: Um estudo epidemiológico com as regiões do Brasil, entre 2017 e 2021.

Fundamentação teórica/Introdução

As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são causadas pela ingestão de alimentos e água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA, e entre eles está a infecção por Escherichia coli, cujo maior número de casos relaciona-se à contaminação hídrica.

Objetivos

Descrever os aspectos epidemiológicos relacionados aos surtos de doenças de transmissão hídrica e alimentar no Brasil no período de 2017 a 2021.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico, cujos dados foram obtidos no documento de Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar no Brasil, publicado pelo Ministério da Saúde em 2022. O período analisado foi entre 2017 a 2021. A população do estudo foi composta por brasileiros, diagnosticados com DTHA. Foram analisados: ano, região, doentes, local de ocorrência, distribuição dos alimentos incriminados e agentes etiológicos. Aplicou-se estatística descritiva com o programa Microsoft Excel.

Resultados

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) exibe que entre 2017 e 2019 ocorreram as maiores contaminações, com um total de 9.426 e 9.586 doentes e maior número de óbitos com 0,13% e 0,10%, respectivamente. Já no ano de 2021, ocorreu menor número de pessoas enfermas, totalizando 4.385 doentes, uma redução de 54,25%. Desses, os surtos sempre prevaleceram na região sudeste e com maior ocorrência em residência, 37,7%, seguido de restaurantes e padarias, com 15,1%, sendo que a maior contaminação foi via água, 25,2%, e por alimentos mistos, 22,1%. Os critérios de confirmação para os surtos de DTHA mais recorrentes nesses 5 anos foram o clínico epidemiológico, inconclusivo e laboratorial clínico, em 2017 ocorreram mais pela clínica do paciente em cerca de 43%, já em 2019 foi mais recorrente o inconclusivo com aproximadamente 47,5%. Além disso, o patógeno mais dominante identificado foi a Escherichia coli, Staphylococcus aureus com 29,6% e 12,9%. Compreende-se que a região sudeste apresenta maior predomínio de surtos por Escherichia coli e maior contaminação por via hídrica nas residências, pois a presença desse patógeno indica contaminação fecal de origem humana ou animal

Conclusões/Considerações Finais

Através dos dados obtidos evidencia-se a necessidade de medidas mais eficientes na região sudeste para melhorar o tratamento da água. Assim, pode-se evitar danos à saúde da população, como náuseas, diarreia e febre.

Palavras Chave

Surtos, Escherichia coli, Estados Brasileiros, Contaminação

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade Pequeno Príncipe, FPP - Paraná - Brasil, Fundação Universidade Regional de Blumenau - Santa Catarina - Brasil, Universidade de Vila Velha - Espírito Santo - Brasil

Autores

ELISA ANDRADE DE FARIA, ANDRESSA ZACCHI BAZZARELLA, SABRINA PINA FINGER, LUIZA FLÁVIA ANTUNES, SAMILLYS VALESKA BEZERRA DE FRANÇA SILVA