Dados do Trabalho


Título

MANEJO DA SINDROME CORONARIANA CRONICA DA UNIDADE BASICA DE SAUDE AO ESPECIALISTA: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A doença arterial coronariana (DAC) caracteriza-se por obstrução dos vasos coronários, podendo evoluir para diversos graus de isquemia miocárdica com quadro clássico angina.

Objetivos

Avaliar a importância do encaminhamento precoce do paciente com DAC da atenção básica para o especialista.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

Paciente feminina, 47 anos, trabalha em serviços gerais, hipertensa e diabética tipo II, em uso de glibenclamida 10mg/dia, metformina 2,55g/dia e enalapril 40mg/dia. Procurou atendimento em unidade de pronto atendimento (UPA) com dor torácica paraesternal esquerda, onde foi realizado eletrocardiograma (ECG), com ritmo sinusal sem sinais de isquemia, e colhido creatina quinase (CK - 96) e creatina quinase fração MB (CKMB - 13). Inicialmente sua dor foi diagnosticada como psicossomática. Após dez anos do início dos sintomas, buscou novamente atendimento em UPA e foi feito novo ECG, ainda sem sinais de isquemia, e troponina ultrassensível seriada (2,24 - 1,38). Buscou a UBS, que classificou a dor como precordial em queimação irradiada para o pescoço com piora aos pequenos esforços, sendo diagnosticada com angina instável. Na atenção básica foi solicitado ECG em repouso, laboratório, cintilografia miocárdica de repouso e estresse e encaminhada ao cardiologista, além de uma prescrição de atenolol 100mg/dia, anlodipino 5mg/dia, isossorbida mononitrato 2x/dia, isossorbida dinitrato se dor, enalapril 40mg/dia, AAS 100mg/dia e sinvastatina 20mg/dia. O resultado da cintilografia evidenciou isquemia de segmento apical de parede anterior. Após, paciente apresentou novamente dor precordial em queimação de alta intensidade e buscou atendimento hospitalar, que foi negado. No dia seguinte, procurou a UBS que realizou orientações gerais. Paciente foi chamada para consulta de especialista, que a encaminhou para realização de cateterismo cardíaco (CAT). Paciente seguiu com sintomatologia rica até o dia da realização do CAT, para desobstrução de zona isquêmica transitória em terço médio de artéria descendente anterior (DA). Após o procedimento, a paciente evoluiu com melhora clínica e ausência de dor retroesternal.

Conclusões/Considerações Finais

O desenrolar do caso evidencia a evolução de uma dor torácica por 10 anos e a importância do manejo correto da síndrome coronariana crônica, além de como procedimentos como o CAT podem de forma rápida e eficiente aliviar a sintomatologia e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras Chave

Doença arterial coronariana, angina instável, isquemia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNISUL PEDRA BRANCA - Santa Catarina - Brasil

Autores

SOPHIA MANSUR COLLIER, PAMELA ALTISSIMO, LAURA BARROS MAGNANI DE OLIVEIRA, RAÍ JEAN NORBERTO DA COSTA E SILVA