Dados do Trabalho


Título

ANALISE DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A MORTALIDADE POR SEPSE NO ESTADO DE MATO GROSSO ENTRE 2018 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS
A sepse representa importante causa de óbito no mundo. Apesar de ser prevenível e tratável, houve aumento do número de casos nos últimos anos. Assim, reconhecer os fatores de risco associados ao óbito são importantes para reduzir sua mortalidade.

Objetivos

OBJETIVOS
Identificar os fatores de risco associados ao óbito por sepse no estado de Mato Grosso (MT).

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS
Estudo epidemiológico transversal com dados do Sistema de Internação Hospitalar sobre sepse no MT entre o ano de 2018 a 2022 utilizando o CID-10 A40 e A41 em indivíduos com 20 anos ou mais. Utilizado o software Epi Info 7.2.2.6, calculando o p-valor pelo teste qui-quadrado, utilizando o método de Mantel-Haenszel.

Resultados

RESULTADOS
Avaliados 7.865 pacientes com diagnóstico de sepse no período analisado. Destes, 3884 evoluíram à óbito. A maior prevalência de mortalidade foi no sexo masculino (55%) e em pacientes com idade maior ou igual a 60 anos (67,8%). As variáveis que demonstraram associação ao óbito por sepse foram: sexo feminino (RR 1,08, IC 95%), idade maior ou igual a 60 anos (RR 1,5, IC 95%), permanência internado de 10 dias ou menos (RR 1,64, IC 95%), uso de unidade de terapia intensiva (UTI) (RR 1,4, IC 95%) e gasto na UTI maior ou igual a R$5.000,00 (RR 1,08, IC 95%). Outrossim, indivíduos do sexo masculino e com idade menor que 60 anos apresentaram risco de óbito 8% e 34% menor respectivamente (RR 0,92 e RR 0,66, IC 95%) em detrimento aos do sexo feminino e idosos. Da mesma forma, evidenciou-se o não uso de UTI como fator de proteção (RR 0,69, IC 95%), demonstrando o impacto do atendimento inicial realizado na sala de emergência, bem como maior risco de infecções nosocomiais no ambiente de terapia intensiva. Os efeitos do atendimento correto à sepse estendem-se também na economia de recursos, visto que o gasto no ambiente de terapia intensiva menor que R$5.000,00 foi associado a menor risco de morte (RR 0,92 =, IC 95%).

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se as consequências do atendimento precoce ao paciente com sepse em diminuir a mortalidade e, em contrapartida, do impacto da exposição a infecções nosocomiais e do uso indiscriminado de antibióticos, evidenciado indiretamente neste estudo pela menor associação ao óbito em pacientes que não utilizaram cuidados intensivos. Dessa forma, ressalta-se a importância dos protocolos de profilaxia para infecções, uso racional de antibióticos e, sobretudo, do tratamento precoce.

Palavras Chave

DESCRITORES
Sepse; Infecções; Mortalidade

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital de Câncer de Mato Grosso - Mato Grosso - Brasil

Autores

DIANDRA BRAUWERS KONRAD, GEOVANNA BRUNA HERANE SCHAUREN, MANOELLA ALMEIDA AMORIM, TIAGO RODRIGUES VIANA, JONATHAN SANTOS FEROLDI SOUZA