Dados do Trabalho


Título

MANEJO DE CETOACIDOSE DIABETICA EM PACIENTE ADULTO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO: A cetoacidose diabética (CAD) é um distúrbio metabólico caracterizado por uma glicemia >250mg/dL, pH<7,3 e cetonemia (bicarbonato <18mEq/L). Atualmente, a CAD é entendida como uma das principais emergências clínicas relacionadas ao diabetes, representando cerca de 9% dos casos de emergências hiperglicêmicas no mundo.

Objetivos

OBJETIVO: Assim, o estudo objetiva apresentar o caso de um paciente com quadro de cetoacidose diabética grave.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Estudo observacional do tipo relato de caso.

Resultados

RELATO DE CASO: Mulher, 30 anos, admitida na Unidade de Terapia Intensiva, encaminhada da Unidade de Pronto Atendimento, com diagnóstico de CAD com grave distúrbio ácido-básico em ventilação mecânica, em uso de bomba infusora de insulina e bicarbonato. A paciente deu entrada na UPA no dia anterior, queixando-se de dores pelo corpo, cefaleia, febre, dor torácica inespecífica associada a dispneia, sem sinais de agravo. Possuía o relato de que os sintomas se iniciaram um dia antes, após realizar um longo período de caminhada exposta ao sol. Informado o histórico de DM tipo 1 com uso de insulina regularmente. Na admissão em UTI, os laboratoriais confirmaram o diagnóstico de CAD e ressaltaram a gravidade do quadro, apresentando glicose 283mg/dL, gasometria arterial com pH 6,7, pCO2 21,8mmHg, pO2 221mmHg, HCO3 3,2mmol/L e BE -31,4mmol/L, potássio 5,0mmol e parcial de urina com cetonúria. Dessa forma, foi mantida insulinoterapia em bomba de infusão e bicarbonato. No terceiro dia, evoluiu com febre, aumento de secreção pulmonar e leucocitose. Diagnosticada com pneumonia, evoluiu com necessidade de antibioticoterapia e suporte com droga vasoativa, devido choque séptico de foco pulmonar. Após controle da cetoacidose diabética grave e choque séptico, a paciente recebeu alta após 10 dias de internamento, sendo orientada a dar continuidade ao acompanhamento ambulatorial.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES: A cetoacidose diabética grave é definida baseando-se em critérios laboratoriais, como bicarbonato sérico, pressão arterial, ânion gap, base-excess e osmolaridade sérica, sendo a instituição do tratamento em UTI recomendada. A fim de conduzir o paciente a um desfecho favorável, o tratamento deve ser fundamentado nos três pilares: hidratação, insulinoterapia e correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, corrigindo fatores concomitantes que influenciam o prognóstico e a mortalidade deste paciente, como a sepse.

Palavras Chave

DESCRITORES: cetoacidose diabética; unidades de terapia intensiva; diabetes mellitus tipo 1.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

BEATRIZ BERTOLETTI MOTA, LEONARDO TEXEIRA, MAYARA MAYER ALVES, MICHELLE SIMÃO