Dados do Trabalho


Título

MONONEURITE MULTIPLIA COMO MANIFESTAÇAO DE POLIANGITE MICROSCOPICA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

O presente relato discute a apresentação clínica e evolução do paciente A.H., masculino, com manifestação de Mononeurite Múltipla (MNM) e diagnóstico de Poliangeíte Microscópica (MPA).

Objetivos

Descrever a clínica e achados laboratoriais de um paciente com MPA que cursa com MNM. Discutir o caso descrito a partir do relato, diagnóstico, evolução do paciente e condutas aplicadas.

Delineamento e Métodos

Estudo Relato de caso tendo como revisão de literatura, artigos selecionados das bases de dados Scielo e Pubmed através dos descritores. Foram, também, usados dados obtidos do prontuário pertinentes ao caso.

Resultados

Paciente masculino, 54 anos, encaminhado do PA à emergência do hospital, após relatar início há 30 dias de quadro de dor em panturrilhas bilateral evoluindo com dores difusas, parestesia ascendente para coxas e MMSS (poupando tronco), astenia, odinofagia, e febre diária de até 38º C, além de perda ponderal de 7 kg. Nos primeiros dias apresentou fraqueza muscular grau IV em MSD e MMII, e grau V nos demais segmentos. Ademais, parestesia em MMSS e MMII, marcha atípica, Babinski indiferente bilateral, arreflexia nos MMII e hiporeflexia com progressão de redução de força em graus variados nos MMSS, e predomínio nos músculos proximais do lado direito. Havendo, também, hipoestesia tátil apendicular e apalestesia na mão direita e hipopalestesia nos demais segmentos. Foi iniciada pulsoterapia com corticóide por 5 dias. Na 2ª semana, houve melhora do quadro álgico, da parestesia e dos movimentos em MMSS. Após ser discutido com a equipe da neurologia, é realizada biópsia do nervo sural direito, revelando neuropatia periférica degenerativa associada a alterações capilares do endoneuro, preenchendo critérios para vasculite de pequenos vasos, em específico MPA. Na 3ª semana, com a melhora na força muscular, é concedido alta hospitalar e orientado a continuar por 6 meses com ciclofosfamida 1x/mês, ondansetrona 8mg de 8/8h e Bactrim 400/80 1x/dia para profilaxia de Pneumocystis jirovecii; ainda prednisona 1 mg/kg por 4 semanas e cálcio oral.

Conclusões/Considerações Finais

Sendo este um quadro raro, descrito como uma vasculite associada ao ANCA com manifestação de MNM, são necessários o acompanhamento multidisciplinar e o tratamento imunossupressor individualizado, se atentando para quadros infecciosos, sendo necessário mais estudos para a avaliação e condução do relato.

Palavras Chave

Vasculite associada ao ANCA, Poliangeíte microscópica, Vasculite de pequenos vasos.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Univille - Santa Catarina - Brasil

Autores

JESSICA PATRICIA REIMER, AUGUSTO BRUNELLI STODIECK, GABRIEL ERZINGER, GABRIELA DESTRO TEIXEIRA