Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE INTERNAÇOES POR DOENÇA REUMATICA CRONICA DO CORAÇAO NO RIO GRANDE DO SUL NO PERIODO DE JANEIRO DE 2017 A JANEIRO DE 2023.

Fundamentação teórica/Introdução

A Cardiopatia Reumática Crônica (CRC) constitui-se de uma complicação da Febre Reumática (FR) que é originada por infecção causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, o tecido valvar frequentemente sofre dano permanente dessa resposta imune ao contrário de outras partes do coração como o miocárdio e pericárdio. Assim, CRC afeta de maneira mais usual e severa, a valva mitral (VM) que, com o tempo, torna-se disfuncional, contribuindo para o aumento de internações e até mesmo óbitos.

Objetivos

Este estudo tem como objetivo analisar o número de internações no Rio Grande do Sul de Doença Reumática Crônica do Coração por sexo e faixa etária nos últimos 6 anos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo do tipo transversal descritivo, cujo levantamento de dados ocorreu a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Considerou-se o número de internações por Doença Reumática Crônica do Coração no período compreendido entre janeiro de 2017 a janeiro de 2023, no Rio Grande do Sul.

Resultados

Entre o período de janeiro de 2017 a janeiro de 2023, foram realizadas um total de (n=2.040) internações por Doença Reumática Crônica do Coração no Rio Grande do Sul. Percebe-se que entre os anos de 2017 a 2022 manteve-se a média de (n= 332,16) internações/ano. Da totalidade de internações destaca-se o sexo feminino com (n=1.038) (50,88%). Em relação a faixa etária geral de ambos os sexos nos últimos 6 anos, nota-se um predomínio dos 50 aos 79 anos com (n=1.438) (70,49 %) das internações.

Conclusões/Considerações Finais

Após análise, observa-se um aumento do número de internações ao decorrer dos anos, podendo ser explicado, principalmente, pelos casos de FR subdiagnósticados e com isso, sendo identificado após dano valvar permanente, ou seja, já com a CRC estabelecida. Além disso, há uma prevalência de internação na faixa etária mais longeva, tendo em vista que há um predomínio dessa população no Estado. Por fim, torna-se imprescindível o engajamento por parte das politicas públicas para diminuir a prevalência da CRC, facilitando o diagnostico precocemente dos casos de FR e assim, evitar o desfecho desfavorável dessa.

Palavras Chave

Cardiopatia reumática; Febre reumática; Doenças cardiovasculares.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UCPEL - Rio Grande do Sul - Brasil, UNESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

JULIA MARTINS CARDOSO, KARLINE POSSAMAI DELLA, FILIPE MARCOLINO, MARIANA ERNST SOTTER, MARIANA SIMOES PIRES MARTINS