Dados do Trabalho


Título

PARALISIA DE BELL POS OTITE MEDIA SUPURATIVA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A etiologia da Paralisia de Bell, apesar de não totalmente estabelecida, está associada a quadros infecciosos, dentre eles destaca-se a infecção pelo vírus da Herpes, além de quadros de Infecção de vias aéreas superiores, otite média aguda, otite média crônica, histórico de trauma, neoplasias, entre outros fatores (FALAVIGNA et al.). Nesse contexto, tem-se uma incidência de 20 a 40 casos por 100 mil pessoas ao ano, sem distinção de sexos e a faixa etária mais atingida é de 40 anos (ATOLINI et al.). Assim, destaca-se a importância do conhecimento das características clínicas, tais como a característica da paralisia facial, a fim de diferenciar de diagnósticos mais graves como o Acidente Vascular Encefálico.

Objetivos

O presente estudo visa relatar e analisar um caso de Paralisia de Bell pós Otite Média Aguda Supurativa.

Delineamento e Métodos

O presente estudo é um relato de caso, prospectivo e observacional. Todos os dados coletados tem origem na conversa com o paciente e exame físico, realizados durante a consulta médica em uma Unidade de Pronto Atendimento, além da revisão do prontuário e da literatura em um momento posterior ao atendimento.

Resultados

A. G. P., 48 anos, sexo masculino, preto, residente do município de Passos, procura a Unidade de Pronto Atendimento queixando-se de “dor de ouvido” e “rosto parado”, relata otalgia há 3 dias, desvio de rima labial há 1 dia, perda auditiva do lado direito, perda de paladar e perda olfativa, pós quadro infeccioso. Relata início de sintomas há 8 dias, no qual apresentava mialgia, febre, dor retro orbital, inapetência, coriza. Nega patologias de base ou medicações de uso contínuo. Nega histórico de trauma, cefaleia, náuseas, vômitos, tontura, perda do nível de consciência ou outros sintomas. Nega paralisia em outros membros além da face. Ao exame físico: Alterações na otoscopia: secreção purulenta em ouvido direito, paralisia facial de característica periférica, escala de Cincinnati com apenas paralisia facial periférica sem outras alterações, sem paresia ou parestesia de outras regiões. Realizado teste rápido para o covid-19, com resultado negativo. Paciente tratado com antibioticoterapia, corticoterapia e encaminhado à fisioterapia.

Conclusões/Considerações Finais

Por fim, é de extrema importância para a prática clínica diferenciar, através dos principais sinais e sintomas, quadro infeccioso pregresso, característica da paralisia facial, ausência de sinais neurológicos focais, aplicação da escala de Cincinnati, a paralisia de Bell de outros diagnósticos mais graves, como o AVC.

Palavras Chave

Paralisia de Bell; Otite Média Supurativa.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MARCELA THAIS GONCALVES APARECIDO, LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA CORRÊA LIMA, GABRIEL ARAUJO CASTRO SANTOS