Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS OBITOS E INTERNAÇOES POR ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2013 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

Animais peçonhentos são os capazes de introduzir peçonha (veneno) nos seus predadores ou presas, como aranhas, cobras, escorpiões, abelhas e vespas, possuindo diferentes tempos de sobrevida a depender das variáveis, como a espécie e o local de entrada da peçonha. Dessa forma, acidentes com esses animais demandam uma maior atenção dos serviços de saúde de Santa Catarina (SC) a fim de diminuir sua letalidade, viabilizando a relevância do presente estudo.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico de internações e óbitos por acidentes com animais peçonhentos em Santa Catarina entre 2013 e 2022.

Delineamento e Métodos

Trabalho científico retrospectivo, observacional e descritivo com abordagem quantitativa, para o qual foram coletados dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para essa coleta, foram utilizadas as variáveis sexo, faixa etária e raça/cor e foi definido o período de 2013 a 2022 para a apresentação dos dados, os quais foram tabulados no Microsoft Excel 2016 com posterior análise por meio de estatística descritiva.

Resultados

Foram registradas 81.797 internações e 52 óbitos pelo agravo no período analisado. Foi notada uma proporção maior de internações (54,00%) e óbitos (71,15%) entre homens, que também demonstraram uma taxa de letalidade (TL) pelo agravo de 0,083% maior que a das mulheres (0,039%). O estrato de 20 a 39 anos foi responsável por 30,66% das internações, e o de 40 e 59 anos, associado a 28,84% dos óbitos pelo agravo, com uma TL de 0,060%. Além disso, a raça branca ocupou 90,80% das internações e 94,23% dos óbitos pelo agravo, com uma TL de 0,065%.

Conclusões/Considerações Finais

A maior proporção de internações e óbitos em homens pode refletir maior imprudência desse grupo, no ambiente rural ou urbano, ao possivelmente faltar com os cuidados básicos, como evitar mexer em colmeias, entrar em terrenos com grama alta e procurar ajuda médica imediata. O estrato de 20 a 39 anos, que possui mais internações, também pode indicar um descuido maior com os cuidados de prevenção nesta faixa etária. Pessoas mais idosas, por possuírem maiores taxas de óbito, supostamente são mais suscetíveis a agravos desses ataques, como a anafilaxia. A maior proporção de população branca em SC pode refletir um viés, evidentemente possuindo mais casos nesta população.

Palavras Chave

Animais Venenosos, Perfil Epidemiológico, Internações.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

RAFAEL MALCHER MEIRA ROCHA, HUGO FERREIRA MENDES, LUCAS QUARESMA MARTINS, JOÃO GABRIEL UCHÔA COSTA, YURI DO CARMO DA SILVA