Dados do Trabalho


Título

COVID-19: EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS DE MIOCARDITE NO BRASIL APOS A VACINA DO COVID 19 ENTRE OS ANOS DE 2021 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

A miocardite surge de um processo inflamatório que compromete as células do músculo cardíaco. Histopatologicamente documentado com a presença de lesões no miócitos, degeneração ou necrose e infiltração inflamatória não decorrente de isquemia. A patogênese da doença está associada aos vírus com tropismo em células cardíacas de penetrância intracelular por endocitose, são eles: adenovírus, enterovírus, citomegalovírus, Epstein-Barr vírus, Coxsackie vírus, SARS-CoV-2 e doenças como febre reumática e doença de chagas. A clínica da miocardite consiste em dor precordial, palpitações, dispneia, edema, síncope e mal estar. O tratamento consiste em controle dos sintomas e uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina, betabloqueadores e anticoagulantes.

Objetivos

A pesquisa tem como objetivo central analisar o quantitativo de casos de Miocardite pós vacina do COVID 19 no Brasil no período de Janeiro de 2021 à Março de 2022 e associar os benefícios da vacina em relação aos seus possíveis eventos adversos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional e transversal realizado no território brasileiro com dados coletados pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN-SUS), transmitido pelo Ministério da Saúde. As variáveis abrangem os estados brasileiros que receberam as vacinas AstraZeneca/Fiocruz e Sinovac/Butantan, Pfizer/Wyeth e Janssen no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). A pesquisa foi realizada com dados secundários de acesso ao público e anônimo sem necessidade de submissão do projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa em seres humanos.

Resultados

Nota-se que foram aplicadas 294.159.843 doses da vacina do COVID no intervalo de 18 de Janeiro de 2021 até 12 de Março de 2022 resultando em 222 identificações de casos de miocardite no sistema e-SUS Notifica. Desse número, apenas 87 tiveram diagnóstico concreto baseado nos níveis 1,2 ou 3 de Brighton. Delimita-se então o quadro sugestivo de Miocardite em 66 casos após a aplicação da Pfizer, 19 após Astrazeneca, 2 após Sinovac e 2 após Janssen. A predominância se deu no sexo masculino, em idade média de 35 anos e os sintomas sugestivos em até 14 dias após a vacinação.

Conclusões/Considerações Finais

De acordo com os argumentos supracitados, conclui-se que a Miocardite com gênese após a imunização compõe uma adversidade inferior aos níveis de benefícios contemplados para a proteção imunológica contra as formas graves do Coronavírus, sendo as causas infecciosas com maior valor preditivo para a ocorrência.

Palavras Chave

Vacina; COVID 1; Miocardite; Imunização.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

ESTER SILVA DE ABREU, KLEYANNA PIMENTEL TEIXEIRA, ERIC DE OLIVEIRA SOARES, PABLO HENRIQUE CAMARGO