Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA REALIZAÇAO DE ESOFAGOGASTRODUODENOSCOPIA ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2020 NO BRASIL

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução/Fundamentos: A esofagogastroduodenoscopia é o procedimento de avaliação mais importante de distúrbios do trato gastrointestinal e é essencial para o diagnóstico de lesões benignas e malignas. Entretanto, no contexto da pandemia de COVID-19 no Brasil, houve a interrupção de procedimentos eletivos por diversos fatores, incluindo evitar a transmissão viral, pois representam um risco para pacientes e profissionais de saúde em um ambiente de cuidados de saúde sobrecarregados. Sendo assim, somente endoscopias de emergência foram realizadas.

Objetivos

Objetivos: Analisar o impacto da COVID-19 na realização de esofagogastroduondenoscopia no território brasileiro.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, quantitativo, com dados públicos, disponíveis no Sistema Informações em Saúde da plataforma DataSUS/TABNet, referentes ao Brasil, no período de jan./2015 a dez./2020. Foram selecionados os dados: produção ambulatorial do SUS - Brasil, quantidade apresentada por Região/Unidade da Federação e ano/mês do processamento. Os dados foram analisados através das estatísticas analítica e descritiva, e correlação linear, com auxílio do software BioEstat.

Resultados

Resultados: Entre 2015-2020, foi registrado um total de 6.410.498 esofagogastroduodenoscopias realizadas no Brasil. Destas, 276.440 (4,31%) foram na região Norte, 1.385.355 (21,61%) na região Nordeste, 3.580.531 (55,85%) na região Sudeste, 760.596 (11,86%) na região Sul e 407.576 (6,35%) na região Centro-Oeste. Esta distribuição é condizente com a distribuição populacional do país. À nível anual, houve 1.087.540 (16,96%) procedimentos realizados em 2015, 1.075.477 (16,77%) em 2016, 1.073.521 (16,74%) em 2017, 1.162.791 (18,13%) em 2018, 1.252.954 (19,54%) em 2019 e 758.215 (11,82%) em 2020. O teste de correlação linear evidenciou moderada tendência de crescimento até 2019 (coeficiente = 0,570, R2 = 0,325, p < 0,05). Em 2020, observa-se uma queda significativa, contrária à tendência prévia.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações finais: A partir dos dados apresentados foi observado que, ao longo dos anos, o índice de esofagogastroduodenoscopias no território brasileiro apresentou um ligeiro crescimento, seguido de uma queda brusca coincidindo com o período da pandemia da COVID-19. As regiões com mais procedimentos foram o Sudeste e Nordeste, seguidas pelo Sul, Centro-Oeste e Norte. Visto isso, podemos apontar que, devido à emergência da doença, o número de esofagogastroduodenoscopias não acompanhou a tendência dos anos anteriores.

Palavras Chave

Endoscopia do sistema digestório; COVID-19; SARS-CoV-2

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

FERNANDO MATEUS VIEGAS BRANDAO, ANDRE LUIS BAIA DOS SANTOS FILHO, JONATHAS ADRIEL TAVARES AMARAL, RENAN MIRANDA CORRÊA, BRUNA ARAÚJO SMITH