Dados do Trabalho


Título

ERITRODERMIA ESFOLIATIVA EM PACIENTE HIV POSITIVO: UM RELATO DE CASO ATIPICO EM HOSPITAL DO VALE DO ITAJAI

Fundamentação teórica/Introdução

A eritrodermia esfoliativa (EE) é uma emergência dermatológica em que há inflamação cutânea grave com eritema e descamação afetando mais de 90% da superfície corporal. Salienta-se ser uma síndrome rara, de baixa incidência e etiologia frequentemente desconhecida, podendo ser consequente ou estar associada a várias doenças dermatológicas prévias, doenças sistêmicas ou reações medicamentosas.

Objetivos

Relatar a relevância, incidência e achados da eritrodermia esfoliativa com destaque ao diagnóstico precoce e manejo.

Delineamento e Métodos

Relato de caso, retrospectivo, observacional.

Resultados

Paciente do sexo feminino, 32 anos, branca, HIV positivo com carga viral indetectável, gestante de 36 semanas, com achado histológico de dermatite espongiática crônica desde de 2021 e piora do quadro no último mês. Admitida na enfermaria, referindo dor, prurido, descamação e desconforto a movimentação no corpo todo, associado a febre de 38 graus e sensação de “queimação” e retração da pele. Fez uso de prednisolona associado a loratadina sem melhoras, além de clavulin, metronidazol e creme de ureia. A paciente apresentava quadro grave de EE, com quebra da homeostase térmica e hidroeletrolítica trazendo o risco de infecção secundária no momento da avaliação, somado à imunodeficiência. Realizada biópsia da pele com diagnóstico de dermatite espongiática, que serviram para afastar o diagnóstico de linfoma cutâneo. Foi direcionada à unidade de terapia intensiva por risco de desfecho desfavorável, sem melhora com antibioticoterapia e piora do quadro. Passou por parto cesárea e posteriormente por laparotomia exploratória devido a choque séptico por íleo tóxico, onde realizou histerectomía subtotal por causa de deiscência das suturas uterinas por uma colagenose, suspeitando-se de Lúpus. Posteriormente a paciente evoluiu para óbito.

Conclusões/Considerações Finais

Pela EE ser uma doença rara, de origem idiopática e o diagnóstico resultar da combinação da anamnese e exame físico, a conduta e prescrição podem ser prejudicadas. O caso relatado traz a importância de um diagnóstico precoce e tratamento adequado durante a internação, e alerta para a importância do rápido reconhecimento e manejo de emergências dermatológicas, bem como prevenir desfechos desfavoráveis em pacientes que enfrentam síndromes raras, como a eritrodermia esfoliativa.

Palavras Chave

Eritrodermia esfoliativa; Síndrome dermatológica; Diagnóstico complexo.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário de Brusque - Santa Catarina - Brasil

Autores

LARA CAROLINE RODRIGUES, AMANDA HERREROS GODOY, ANA CAROLINA PIAZZA NOLDIN, IGOR SPENGLER, ISADORA FERRAZ DOS SANTOS