Dados do Trabalho


Título

ANEMIA HEMOLITICA POR AUTOANTICORPOS FRIOS - UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A anemia hemolítica por autoanticorpos (AIHA) se caracteriza pela formação de autoanticorpos capazes de ligar à superfície de hemácias devido à uma falha nos mecanismos de autotolerância. Classificada em primária ou secundária e com temperatura da reatividade, sendo quente (até 30ºC), mista ou fria (4 a 18°C). Prevalência estimada de 1 em 1.000.000 pessoas. Manifestações clínicas incluem anemia leve, fraqueza e palidez, hemólise aguda, causando hemoglobinemia, hemoglobinúria e icterícia. Casos mais severos incluem acrocianose de extremidades ou fenômenos de Raynaud. Diagnóstico é com crioaglutininas positiva com títulos superiores a 1:40, antiglobulina direta positivo para anti-C3B e IgM ligado a eritrócitos além de diagnóstico de patologia de base. O tratamento deve evitar a exposição ao frio. Com sinais e sintomas graves, o tratamento deve ser com corticóides e agentes citotóxicos para a redução da produção de autoanticorpos. Plasmaférese como tratamento adjuvante remove IgM da circulação, reduzindo a hemólise.

Objetivos

O objetivo do trabalho é descrever a fisiopatologia, o diagnóstico laboratorial e o tratamento da AIHA.

Delineamento e Métodos

As informações foram obtidas por meio de revisão de prontuário e registro dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido.

Resultados

Mulher, 40 anos, portadora de HAS, DM-1 diagnosticado há 1 semana, procurou PS pela queixa de dor lombar, disúria e febre não aferida há 3 dias mesmo em uso de antibiótico. Sinais vitais: temperatura axilar 37,8°C, PA 155/96 mmHg e HGT 391 mg/dL. Admitida em UTI para tratamento de cetoacidose diabética e após estabilização do quadro, foi transferida para a enfermaria. Em seguida, teve queixa de fraqueza e astenia com redução gradual dos valores de hemoglobina, tendo como o valor inicial de 14,4 g/dL, chegando a 6,1 g/dL após 10 dias, além presença de crioaglutininas, reticulócitos 6,4%, TAD positivo para C3d, LDH 519 U/L, haptoglobina 13, impossibilitando a hemotransfusão. Iniciado corticoterapia e evitando exposição ao frio. Após 5 dias, paciente apresentou hemoglobina 8,0 mg/dL, sem necessidade de transfusão, recebendo alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial com hematologista, endocrinologista e nutricionista.

Conclusões/Considerações Finais

O caso serve para ampliar a atenção aos quadros de AIHA, sendo que a identificação da patologia é essencial para o diagnóstico e o tratamento da doença.

Palavras Chave

Anemia hemolítica, anticorpos, reação autoimune.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL AZAMBUJA - Santa Catarina - Brasil, UNIFEBE - Santa Catarina - Brasil

Autores

THAMIRIS YUMI INOUE, LARISSE REGINA VOGELSANGER, BETHINA PLAUTZ GORRIS, MARIELE CAMILE EVELYN SCHAEFER