Dados do Trabalho


Título

MONITORIZAÇAO E VIGILANCIA DOS CASOS DE SIFILIS CONGENITA NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE 2016 A 2021.

Fundamentação teórica/Introdução

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser transmitida por via transplacentária ou vertical durante o parto, causada pela espiroqueta Treponema pallidum e é uma das infeções perinatais mais prevalentes no Brasil.

Objetivos

Realizar uma análise epidemiológica dos casos de sífilis congênita no Tocantins entre 2016 a 2021

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, do tipo transversal entre os anos de 2016 à 2021, por meio de dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). As variáveis analisadas foram: munícipio de notificação, faixa etária, escolaridade, realização de pré-natal, sífilis materna, classificação do caso e tratamento do parceiro.

Resultados

Foram registrados 1434 casos de sífilis congênita nesse período de 6 anos, destes 36,6% foram notificados no município de Araguaína, no norte do Estado. Houveram 1407 casos de sífilis congênita recente,3 casos de sífilis congênita tardia, 7 casos de natimorto/aborto por sífilis e 17 casos descartados.O maior número de notificações foram registradas em 2017 (20%) e 2018 (19,7%). A faixa etária de maior representatividade foi entre 20 à 24 anos (35,4%), seguida de 15 à 19 anos (27,2 %). A maioria destas gestantes realizaram pré-natal (92,1 %),59% descobriram a infecção durante o pré-natal e 34,2 % descobriram a sífilis no momento do parto/curetagem, dentre essas 26% possuiam ensino médio completo e 23,3 % tinham 5ª a 8ª série do ensino fundamental incompleta. Entretanto,somente 11,9% dos parceiros foram tratados, o que pode ser causa de reinfecção nessas mulheres. A taxa de letalidade foi de 1,41 %.

Conclusões/Considerações Finais

A sífilis é uma infecção com tratamento simples e efetivo, mas que pode trazer consequências incalculaveis para o feto. Nesse contexto, a descoberta da infecção tardiamente, a escolaridade das gestantes e a baixa adesão dos parceiros ao tratamento mostraram favorecer a persistência da sífilis congênita no estado do Tocantins. A prevalência da sífilis congênita é um indicador da qualidade da assistência pré-natal.Portanto, incentivos para um bom pré-natal, tratamento do parceiro e especialmente educação em saúde são necessários para melhorar o quadro geral dessa importante questão.

Palavras Chave

Epidemiologia; Sífilis congênita; Tocantins;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

AYLA CRISTINA DUARTE NEIVA, GIOVANA ROCHA GUIDA, RAYSA PEREIRA DE SOUSA BARROS, FERLIANE MARQUES DE OLIVEIRA, THALITA RODRIGUES LIMA GOULART