Dados do Trabalho


Título

FRATURA DE CRANIO E DOS OSSOS DA FACE NO BRASIL

Fundamentação teórica/Introdução

O trauma é um problema sério e crescente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade. O trauma de crânio decorre de qualquer trauma externo que leva à alterações anatômicas do crânio ou lesão do couro cabeludo, podendo acarretar o comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou dos seus vasos. As fraturas de ossos da face afetam uma parcela significativa dos pacientes traumatizados, devido ao fato desta região ser a parte do corpo mais exposta e consequentemente mais vulnerável a esse tipo de lesão.

Objetivos

O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico por fratura de crânio e dos ossos da face no Brasil entre os anos de 2020 e 2022.

Delineamento e Métodos

Realizada coleta de dados disponíveis no Sistema Informação Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde de domínio público no Tabnet/DATASUS entre os dias 01 junho a 26 de julho de 2023, estudo retrospectivo longitudinal de caráter quantitativo de delineamento descritivo. Dados estes foram agrupados por faixa etária e escolaridade no período de 2020 e 2022. A inferência de dados estatísticos fora realizada pelo Software BioEstat 5.3, utilizado o teste Friedman para comparação dos grupos e a apresentação dos dados pela estatística descritiva, medidas de tendência central e de dispersão.

Resultados

Entre os anos de 2020 e 2022, ocorreram 84.566 casos de fratura de crânio e dos ossos da face no Brasil. O maior número de casos se concentrou na região Sudeste do país (n 32.807), correspondendo a 38.79% do total (p 0.0218), assumindo em média cerca de R$ 16.964.218,38 dos custos com atendimentos por ano. A região Norte obteve a maior média de permanência nas internações, com média de 5.50 dias ao ano, R$ 4.622.126,57 com despesas anuais e 7.662 (9.06%) casos internados. Destaca-se que 30.74% (n 170) dos óbitos ocorreram na região Nordeste com taxa de mortalidade de 0.74, a mais elevada quando comparada as demais. Houve aumento dos casos entre 2020 e 2022 e 78.15% foram atendimentos de urgência sendo 81.49% sexo masculino. Observou ainda aumento dos casos entre pardas (p 0.0067) entre 2020 e 2022.

Conclusões/Considerações Finais

Os casos de fratura de crânio e dos ossos da face concentram-se na região Sudeste, que assume a maior proporcionalidade de óbitos e custos com atendimentos, estando a maior taxa de mortalidade identificada na região Nordeste, com predomínio dos casos entre homens adultos de 20 a 39 anos, autodeclarados pardos, sendo mais prevalente o tipo de atendimento em caráter de urgência.

Palavras Chave

Prevalência. Morbimortalidade. Fratura do Crânio com Afundamento. Ossos Faciais. Brasil.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Brasil - São Paulo - Brasil

Autores

FERNANDA MASCARENHAS MOREIRA, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI, RAUER FERREIRA FRANCO, DAVID BRUNO PAULO BEZERRA