Dados do Trabalho


Título

USO DE SERTRALINA COMO TERAPIA ADJUVANTE DE NEUROCRIPTOCOCOSE, UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: As infecções fúngicas de sistema nervoso central (SNC) são de terapêuticas
desafiadoras devido à menor penetração nesses tecidos dos antifúngicos disponíveis. Como
tratamento promissor com potente atividade antifúngica contra o Cryptococcus neoformans
destaca-se a Sertralina. Com este relato discutimos a sertralina como adjuvante no
tratamento da neurocriptococose.

Objetivos

Discutir sobre opções terapêuticas em casos de neurocriptococose

Delineamento e Métodos

Este resumo se baseia em descrição de um relato de caso.

Resultados

: Homem de 46 anos, procura devido a dispneia progressiva e dor torácica
há mais de 15 dias. Durante a investigação etiológica, realizou uma TC de tórax na qual se
constatou formação tissular com realce heterogêneo e conteúdo necrótico em parênquima
pulmonar à direita. Durante a investigação etiológica, paciente procura serviço devido à
cefaléia, tontura e visão turva. Suspeitando-se de metástase cerebral, realizou uma RNM de
crânio, que evidenciou presença de três imagens anelares em hipersinal T2 com tênue
realce periférico após gadolínio, de etiologia a esclarecer. Realizado coleta LCR que resultou
na presença de Cryptococcus spp, descartado processo neoplásico cerebral e também o
processo neoplásico pulmonar por biópsia e imunohistoquímica, que também demonstrou
lesão pulmonar devido a Cryptococcus spp. Foi internado para o tratamento sendo iniciado a
indução, com anfotericina B e monitorização de pressão intracraniana. Como o paciente
ainda apresentava sintomas de hipertensão intracraniana após 2 semanas com anfotericina
B, decidiu-se por associar o fluconazol e iniciar a fase de consolidação concomitantemente.
Como paciente ainda apresentava hipertensão intracraniana e sintomas decorrentes da
neurocriptococose decidiu-se associar a sertralina. Neste momento houve o clareamento do
líquor apesar de manter a hipertensão intracraniana com uma pressão de abertura de 54
cmH2O, o que levou a necessidade de colocação de dreno lombo-peritonial por
neurocirurgia. Recebeu alta após procedimento com seguimento ambulatorial com esquema
de consolidação.

Conclusões/Considerações Finais

Com este relato discutimos as propriedades da sertralina como uma possível opção como terapêutica sinérgica em pacientes em tratamento para neurocriptococose e, principalmente, a exploração inconclusiva até o presente momento para assegurar um protocolo de tratamento adjuvante com a terapia antifúngica disponível

Palavras Chave

neurocriptococose, sertralina, sistema nervoso central

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

CAMILA RONCHINI MONTALVAO, MILENA DE SOUZA MELO, SHEYLA EVELYN VERA QUEVEDO, LUIZA MAYUMI CAZELOTO SILVA, RAPHAEL CHALBAUD BISCAIA